Com o
título original: Patch Adams, o filme
O amor é contagioso, tem como
interprete o talentoso Robin Williams. A trama inicia com uma narração a qual
nos leva a refletir sobre a importância que damos ao nosso lar. Ele fala da
eterna volta ao lar.
Um homem
que por motivos que no início, pouco visíveis tenta suicídio. E após tal fato,
resolve por vontade própria e voluntária interna-se em um sanatório. De início
é pouco percebível as razões pelas quais ele estava ali. Mas dai em diante
percebemos que ele devia estar ali, e não só por ele, mas também pelos outros.
Ao ajudar aos outros internos, ele percebe o motivo e sua razão de estar vivo.
Descobre que deseja ser médico para poder ajudar as pessoas. E como entrou num
hospício por vontade própria, tinha ali o direito de poder sair quando
desejasse.
Vale
relembrar os feitos de Hunter Adams. Veja, quando entrou no sanatório foi
surpreendido pelo colega de quarto ao afirmar que tinha medo de esquilos. Sim,
esquilos! Estes animais que de acordo com o Patch, na lista dos predadores mais
hostis, eles só ganham dos pintinhos e lesmas. E então junto ao seu colega ele
combate os esquilos e tiram dali um a um. Percebe então que pode ajudar as
pessoas, e não só no ato de escutá-las e medicá-las. Ele poderia tratar delas,
conhecendo seus sonhos, suas fantasias, seus desejos.
Quando
Patch sai do sanatório entra para a Universidade de medicina. E ali não foi bem
visto, com seus métodos pouco convencionais causam inicialmente espanto, mas
aos poucos vai conquistando todos. Exceto o reitor, que por algum motivo faz de
tudo para expulsá-lo.
Patch não
desafiava as leis e regras da universidade e do hospital desta, mas ele queria
realmente mudar, com suas teorias, as relações entre médico e paciente. Para
muitos médicos, como afirma Patch, eles se acham superiores aos outros,
principalmente aos pacientes. “Doutor” – a denominação que os faziam assim vangloriarem-se. Patch
desejava a abolição desta indiferença. Ele acreditava que com um riso, um
interesse pelo próximo, sua história, fantasias, a realização de seus sonhos... É que poderia haver
sucessos em seus tratamentos. É fascinante ao vê-lo agindo daquela forma. No
primeiro ano de faculdade ele se pergunta qual a diferença de um aluno no
primeiro ano para o do terceiro ano? Então ele nos mostra que é somente um
jaleco! É com este jaleco e através dele que os estudantes poderiam visitar
os pacientes, vê-los e conhecer a prática. Antes disso, somente se apreende
um decoreba! Assuntos, leituras, provas.
De maneira
humorística ele consegue um jaleco. Mas não um jaleco apropriado, sim, pois era
um jaleco de açougueiro. De intruso, ele e seu colega Truman Schiff de
faculdade, entram em um evento de açougueiros. Conhecedor de uma boa prosa, no
final ele é presenteado, pelos verdadeiros açougueiros, com tal jaleco. E dali surge à ideia de usá-lo para
poder entrar no hospital, claro (escondendo o emblema escrito). Com este feito, Patch utilizando-se de ferramentas
médicas, faz um nariz de palhaço para divertir as crianças. E é com esta paixão
por exercer a profissão, esta humanização e melhoria da qualidade de vida
através da atenção ao doente, que Patch Adams nos transmite a mensagem “o amor
é contagioso”, pois este é o sentimento que um médico deve transmitir a seus
pacientes, sempre.
Durante o desenrolar
do filme Patch conhece Carie, a qual se torna sua amiga. Uma das poucas
mulheres presentes na numerosa turma de medicina. Carie de início não apreciava
o jeito ousado e “maluco” de Patch. Mas Patch conquista seu carinho com paciência e
determinação.
Patch e
seus amigos, conseguem um lugar o qual poderá atender aos necessitados, a
partir do conhecimento que iam adquirindo na faculdade. Eles ajudaram à muitos.
O clímax do filme ocorre quando Carie é assassinada por um dos pacientes que
Patch ajuda. Ele passa a se culpar por tê-la ensinado a medicina de ajudar a
todos sem descriminação, assim como seu ideal de ser humano. Ele decide
então a desistir de seguir com seu sonho. E então percebe que a provação pela
qual teve que passar para compreender o que é ser médico. Lidar com a morte
como uma parte inevitável da vida e torná-la o menos dolorosa possível e não
como inimigo indestrutível.
Patch ao voltar para faculdade é surpreendido com uma carta de expulsão e a partir dali
luta com tudo o que acredita que irá conseguir se formar, pois com suas notas
ele é quase um médico e seria injusto ser impedido disso.
Para tanto,
enfrenta a Junta Médica e com uma audiência são postos todos os motivos e
razões que todos aqueles médicos não podiam confiar nele. Contudo conclui o
médico que detinha a palavra que apesar da conduta grosseira e arrogante de Hunter Adams, ele só tinha o desejo de paixão de ser médico, acreditava em poder
ajudar a melhorar a qualidade de vida ao seu redor, tinha o desejo de ampliar
os métodos e teorias médicas, além do afeto que tinha com cada paciente. Finaliza
seu discurso confirmando que Petch poderá formar-se na Universidade de Medicina
e deseja “que esta chama que ele possui, de ajudar com paixão os outros, se
espalhe pela medicina como uma floresta em chamas”.
É importante
lembrarmos que mais do que médicos, há outros profissionais que estão ali tão
quanto estes. Que juntos lidam com a saúde e com o ser humano. Quem dera todos
pudessem enxergar nas fichas de seus pacientes não somente seu “leito”, mas o
nome que ali está – quem se encontra naquele leito e pudessem inferir dizendo: “o
paciente sicrano do leito tal...” É possível sim, pensarmos na saúde através de
uma equipe multidisciplinar.