segunda-feira, 23 de dezembro de 2013



Cuida bem. Observa os detalhes. Olhe nos olhos. Tente reparar no que ninguém repara. Ouça. Seja sincero. Amor se constrói na simplicidade.







domingo, 15 de dezembro de 2013

sábado, 23 de novembro de 2013

Uma prova de amor - filme. Resenha

CASSAVETES, Nick. Uma Prova de Amor. EUA, 2009.

Tendo como título original do filme Uma Prova de Amor, “My Sister's Keeper”, produzido no ano de 2009, pelo diretor Nick Cassavetes e elenco: Cameron Diaz (Sara Fitzgerald), Abigail Breslin (Anna Fitzgerald), Sofia Vassilieva (Kate Fitzgerald), Jason Patric (Brian Fitzgerald), Alec Baldwin (Campbell Alexander), Joan Cusack (Joan De Salvo), Evan Ellingson (Jesse Fitzgerald), Thomas Dekker (Taylor Ambrose). O roteiro feito por Jeremy Leven foi baseado no romance de Jodi Picoult.
O drama é capaz de envolver qualquer ser, seja ele o mais “gélido”. Quando passamos a nos envolver, é como se estivéssemos naquela trama desde o inicio até o final, que para muitos pode até trazer um final triste, porque há o que não se espera – a morte. Mas visto por outros olhos, há sim um final feliz. Há a mudança, aprendizagem, significados essenciais na convivência de uma família que enfrenta problemas, e por fim a amostra de um amor incondicional.
Uma Prova de Amor retrata a história comovente de uma garota, que já cansada de tanto sofrimento, tantas cirurgias e remédios, além da culpa de penalizar sua irmã desde o inicio de sua vida, por salvá-la sempre, doando o que ela necessitasse. Anna demonstra todo seu afeto por sua irmã, que apesar de tudo, poucas vezes mostrou-se frágil. Ao fazer o que ela pede, desafiando toda a sua família, Anna segue em um processo de emancipação médica, reivindicando que não quer mais “tirar” parte do seu corpo, quer ter direitos sobre ele, pois há anos passara por inúmeras cirurgias, muitas vezes de risco. No início do filme, a primeira imagem que vemos em Anna é de egoísmo, no entanto, chega um momento, e com o desenrolar da história, e as narrações feitas pelos irmãos, percebe-se que tudo já fora combinado entre eles. O filme é explanado por vários narradores, o que envolve todo “eu” da família, Pai, Mãe e filhos, contam a transação aos seus olhos, demonstrando seus problemas, sentimentos, e vivência em família.
Jesse, um garoto que desde criança é desatento, tem dislexia e seus pais não o deram a devida atenção. Porque desde criança, sua irmã passa a tomar toda a atenção de seus pais, com a descoberta da doença. Teria sofrido mais ainda, se seu corpo fosse compatível com o de Kate, para tantas cirurgias que esta, durante toda a sua vida fora submetida. Entretanto a ideia veio do médico de Kate, quando mostra uma maneira que não é correta médico-jurídico, mas fora feito. Um bebê projetado, com toda sua genética compatível com a de Kate. E foi a decisão da família. Tiveram mais um filho, Anna. Uma garota perfeita, que veio com o intuito de doar-se a sua irmã – uma irmã predestinada a ter poucos anos de vida. Anna nunca aceitaria numa boa a fantasia de sua irmã, se não estivesse sido obrigada. Kate só alegava que não queria mais preocupar a família, e que seus irmãos também mereciam atenção. Ela queria somente da liberdade a todos como prova de agradecimento e acima de tudo, amor. O que é demostrado nas cenas em que ela quando narrando um pouco da história, retratara todo seu olhar em relação a sua família nos últimos anos. Seus pais não se amavam tanto quanto antes, Jesse nunca tivera atenção, e Anna que posta como um refúgio para toda sua família, já que poderia dar a vida novamente a sua irmã; como dissera o médico quando o perguntou qual a vantagem que Anna recebera durante todos esses anos: “ela pode salvar a vida de sua irmã”. E assim se fez, desde seu nascimento.
Kate, não suportou mais. Diante de todo o sofrimento e acima de tudo com esperanças de encontrar Taylor, onde ele estivesse. Kate conheceu Taylor na sala de um hospital. Taylor foi seu único amor; em um simples olhar puderam viver e delinear todos os momentos de intensos carinhos. Tudo começou com um ingênuo “Oi” em um cenário nada brilhante, mas que para eles aquilo não importava no momento. Kate nada confiante sorriu mesmo assim. E esperou para que ele a ligasse. Ai dele se não ligasse. Não obstante, lá fora mesmo, ele ligou. A partir dali viveram momentos que só eles saberiam onde terminaria. Na narração feita por Sara, sua mãe, afirma que Taylor foi a sua “melhor droga”. Isso basta para entendermos o quanto ela foi feliz ao lado de Taylor. Apesar disso, ele teve que ir. O filme não deixa claro, contudo era o que já ponderávamos, Taylor teria falecido. Kate então advém a desistir de tudo.     
Uma Prova de Amor é categoricamente um filme para pessoas interessadas e arranjadas a viverem agudas emoções. Acima de tudo, a produção é para aqueles que creem que família é mais que um amontoado de gente que por um acaso compartilham de uma mesma carcaça de código genético.
Não é fato que para muitos o câncer não pode ser curado. Mas há chances de haver milagres. Kate viveu muitos anos e para a medicina ela era um milagre. Não é coincidência, todavia muitos filmes mostra este mesmo trama, doenças que dilacera uma família, mas que nunca poderá romper laços. Foi assim em “Um Amor pra Recordar”, em “O Óleo de Lorenzo”, entre outros. É possível acontecer o milagre, entretanto, é lamentável que haja poucos filmes que mostram fatos assim.
Na esperança de uma cirurgia com sucesso, sua mãe Sara vai até o fim no tribunal. Volta a exercer sua profissão, que deixara quando descoberto a doença de Kate, e acredita que Anna doará seu rim, mesmo pedindo emancipação médica. Anna até doaria, se não estivesse feito o pacto com seus irmãos, de manterem segredo sobre o pedido de Kate. No entanto, seguiram mesmo assim. Anna sem proposito algum, mas demostrando seu amor à irmã, e acreditando que um dia voltará a vê-la novamente, como disse Kate: “quando não souber para onde ir, procure-me na Montana, estarei lá". O julgamento continua, e com todas as perguntas feitas a Anna por sua própria irmã, Jesse revela porque tudo aquilo estava acontecendo. Expõe para todos que fora Kate que estimulara tudo aquilo. Sua mãe mesmo assim não percebe que, quando Jesse fala que Kate já havia perdido sua resistência, ela nunca a escutava – “a amava tanto, que não queria aceitar”.
Kate não resistiu, entretanto não foi à cirurgia, nem mesmo suas forças acabara. Ela apenas partiu. Como todo ser que um dia é acometido a uma doença ou a causas naturais e que poderia perecer a qualquer momento, devido a fragilidades de suas células. Como já mencionado, Kate já era considerada um milagre por viver por tanto tempo.

O filme mostra um drama bem elaborado, cenas comoventes e acima de tudo com um roteiro comum a filmes reflexivos, em que as cenas são postas no presente levando ao passado, deixando-nos mais envolvidos ainda com a problemática. Uma Prova de Amor é mais que um simples filme em que diferente de outros, deixa transparecer afetos que uma família não pode nunca deixar apagar-se. Apesar de perderem um membro da família, eles passaram a amar-se ainda mais, voltaram a viver. Sara volta a trabalhar, Jesse começa a estudar novamente, e Anna cada vez mais conectada a sua irmã. Afinal ela não deixa imprecisões sobre sua afeição pela irmã.  E isso nos leva ao questionamento: até que ponto vale a luta e o sacrifício quando se sabe que já não adiantará nada? E que decisão tomaria no lugar de Anna?

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Felicidade - Marcelo Jeneci


Relacionamento perfeito - Lya Luft




O assunto pode ser dramático ou engraçado, tão humano e tão difícil de entender. A mim, sempre buscando explicações e significados porque tão pouco entendo, me ocorre falar ou escrever exatamente sobre aquilo que menos sei. Trabalho interminável, espécie de suplício de Sísifo: o pobre todo dia empurrando montanha acima uma grande pedra que voltava a rolar pela encosta, a fim de que o torturado recomeçasse mais uma vez. Querer alcançar o significado das coisas, da vida, das gentes, de seus relacionamentos e desencontros, é um pouco assim. Seguidamente me indagam – ou tento imaginar – o que seria um relacionamento perfeito. Eu ai escrever “casamento”, mas preferi a outra palavra, porque ela não tem nada a ver com cartório e burocracia, opressão ou coerção social e familiar: tem a ver com querer se ligar a alguém, e querer continuar ligado. Cada dia, ao acordar, fazer de novo a escolha: eu quero mesmo é você comigo. Mas “perfeito! É uma palavra tola: perfeição, só no céu de todas as utopias. Aqui, nesta nossa terra nada utópica, perfeição me parece um pouco entediante: como, nada a reclamar, tudo assim direitinho? Olho pela janela e bocejo: muito sem graça, a tal perfeição. O céu com anjos tocando harpa pelo tempo sem tempo me deixava pasmada já na infância. Nada mais? Nem uma brincadeira proibida, um escorregão nas nuvens, uma risada na hora do sagrado silêncio...nem uma transgressãozinha na ordem celestial? Minha alma indisciplinada não encontraria alimento nem estímulo, e ia-se desfazer em fiapo de nuvem embaixo de algum armário onde se guardassem os relâmpagos e os trovões, e todas as duras sentenças. Então, relacionamento perfeito, nem pensar. Mas uma ligação de cumplicidade e ternura, de sensualidade e mistério, ah, essa eu acho que pode existir. Como todos os contratos (não falo de papel mas de corpo, coração e mente), esse precisa ser renovado de vez em quando: a gente tira o contrato da gaveta da alma, e discute. Briga talvez, chora, reclama, mas ainda ama, ainda deseja. Ainda quer o abraço, o passo no corredor, o corpo na cama, o olhar atento por cima da xícara de café...quer até a desorganização e a ruptura, para depois de novo o que é bom se reconstruir. Que seja vital: isso me parece uma boa parceria. Que seja dinâmica, seja lá o que isso significa em cada caso. Pelo menos, não acomodada, mas muito aconchegante. Que seja sensual e amiga, essa ligação: se não gosto do outro como ser humano, com seus defeitos, sua generosidade e egoísmo, força e fragilidade, se não o quereria como amigo...como então, mesmo com tempero do desejo, posso me relacionar com ele para uma vida a dois? O tema é quase infinito: pois cada caso é um caso, assim como cada casal é um casal, e cada fase da vida do indivíduo ou dois é diferente. O bom é quando esta constante transformação se faz para maior cumplicidade, e não mais distanciamento. Que um relacionamento não seja prisão: que não seja enfermaria nem muleta; mas que seja vida, crescimento (turbulências eventuais incluídas.) Que seja libertação e ajuda mútua; não fiscalização e condenação, a sentença pronunciada numa frase gélida ou num olhar acusador, ar de reprovação ou lamúria explícita. Que seja cumplicidade, porque a vida já é difícil sem afetos. O som dos passos no corredor pode ser um conforto inacreditável, o corpo ao lado na cama uma âncora para a alma aflita. O entendimento recíproco é um oásis no isolamento desta nossa vida pressionada por tempo, dinheiro, regras, mil solicitações de família, grupo social, realidade do mundo. Que seja presença e companhia, o relacionamento bom: pois a solidão é um campo demasiado vasto para ser atravessado a sós. 

Lya Luft

Testemunho - Lya Luft

Para dar testemunho de meu tempo não preciso desfraldar uma bandeira partidária ou me enfiar nas trincheiras da guerra, nem as da violência cotidiana: na minha postura há de se refletir o que penso.

Para perseguir meus ideias não preciso me deixar matar: basta procurar coerência, o qeu pode ser uma forma de heroísmo silencioso. Porém é bom lembrar que coerência rígida pode ser mediocridade.
Para ser boa filha não preciso me encolher, mentir, me afastar: os pais servem para fazer a gente crescer, eventualmente voar, ainda que seja para longe deles, mas sem que os laços de afeto precisem se romper.
Para ser boa mãe não preciso me vitimizar: a mãe-mártir desperta culpa e causa aflição. Só uma pessoa que se respeita e valoriza pode realmente amar seus filhos, prepará-los para não serem almas subalternas e lhes server de eventual apoio.
Para ser boa amiga não preciso fingir nem mentir, vigiar nem agradar o tempo todo. Uma amiga verdadeira pode dar colo, abraço, escuta, dividir alegrias e ouvir confidências, mas não precisa bajular nem criticar.
Para ser uma boa amante não preciso me anular: basta- e já é difícil - ser estimulante e confiável, terna e cúmplice quando for possível. Carinho não é servilismo nem sujeição.
Para ser inteira não preciso me defeder erguendo barreiras em minha volta: às vezes só me fragmentando e dilacerando de amor, dor ou perplexidade, terei chance de juntar meus pedaços e me reconstruir mais inteira.
Par realizar alguma justiça socialnão preciso me dispor do que já possuo, se o que tenho serve para minha dignidade e não para o disperdício. O melhor é começar em casa, pois se pago miseravelmente a minha empregada, não posso pronunciar sem constrangimento palavras como "justiça" e "dignidade".
Para ser humna não preciso exigir de mim o que seria próprio de deuses, mas prestar atenção nos outros e abrir-lhes espaço, admitir o mistério de tudo, RESPEITAR A VIDA, tolerar minhas fraquezas, aproveitar meus talentos e procurar o dom da alegria - o que é fundamental.
Para viver devo eventualmente pensar na morte, não como um susto mas um estímulo para ser melhor; para morrer bem devo curtir minha vida de um jeito positivo, não me enxaergando como a última nem a primeira das criaturas, mas vivendo de modo que para alguém ao menos eu tenho feito alguma diferença.
Pois alienação é também cultiva a amargura e ignorar que a vida pode ser boa, o amor positivo, o ser humano comovente, e o signidicado de tudo acessível ao coração e ao sonho.
Se nãoposso corrigir os males do mundo, da minha reuzida condição pessoal, posso ao menos não colaborar para que ele se torne mais violento, mais mesquinho e mais cruel.


Lya Luft

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Agendar a vida - Lya Luft


Abro uma página da minha agenda para demarcar mais uma vez o território de minha liberdade e o dos meus deveres — que é onde ela começa a perder pé. 
A fantasia não pede licença para se desenrolar: logo vejo uma infinidade de mesas e escrivaninhas, cada uma com sua agenda, nela a floresta dos compromissos, mal sobrando alguma trilha estreita para andar e respirar. (Nas folhas desta minha atual quero abrir entrelinhas para contemplar a árvore em flor diante de minha janela, ou pegar nos braços uma das crianças que povoam esta casa.)


Uma tarde tranquila”, original que David L. Cawthone pintou com a boca
Vejo também agendas quase vazias onde se procura melancolicamente algo para quebrar o sem-sentido da vida: nem uma visita, uma data de aniversário, nenhum afeto nomeado, nem ao menos um pagamento nesses dias que parecem um deserto sem contornos. 

Nem uma miragem ao longe?
Pessoalmente não vivo sem uma agenda, aquelas de bloco, ao lado do computador. Às vezes olhar a folhinha me dá alegria: um encontro bom, ou um dia inteiro só pra mim. Em outras folhas, um engarrafamento de garatujas (minha letra, horror das professoras desde os primeiros anos de escola) com mais compromissos do que meu fundamental desejo de liberdade quereria. 

Agenda pode ser tormento e prisão. Mas pode ser liberdade, se a gente inventar brechas: em plena tarde da semana, caminhar na calçada; sentar ao sol na varanda do apartamento; deitar na grama do parque ou jardim, por menor que ele seja, e como criança olhar as nuvens, interpretando suas formas: camelo, coelho, árvore ou anjo. 

Ou: quinze minutos para se recostar para trás na cadeira (pode ser do escritório mesmo) e espiar o céu fora da janela; ir até a sala, esticar-se no sofá com as pernas sobre o braço do próprio, e ouvir música, ver televisão, ler, ler, ler... ou simplesmente não fazer nada. 

O ócio é uma possibilidade infinita a ser explorada.

Não falo da inércia, do desânimo, do vazio melancólico. Jamais falarei de ficar de robe velho e pantufas (vi numa vitrine algumas com cara de cachorro e até orelhas!) pela casa até o meio da tarde.
Falo de viver.

"Parar, olhar, escutar", dizia um aviso nos trilhos do trem quando havia trem entre minha cidade e Porto Alegre. A gente passava de carro sobre o trilho, e eu imaginava o horror de alguém infringir isso e ser explodido pelo monstro de ferro e fumaça.

A vida há de rolar por cima da gente, reduzindo a poeirinha inútil quem se esquecer de às vezes parar pra pensar... mas sem se desmontar; olhar em torno ou para dentro: paisagens belas, ou áridas (sempre dá pra plantar um capim) ou quem sabe coloridas (a alma pode brincar de esconde-esconde entre as folhas). 
E escutar: a música do universo, o canto do sabiá (que tem começado às 3 da madrugada fria, atarantado neste clima estranho); a risada da criança no andar de cima; enfim, o chamado da vida que nos convoca de mil formas: anda, sai do marasmo, viveeeeeeeeeee!!

Que nossas agendas (também as interiores) nos permitam muitas vezes a plenitude do nada sorvido como um gole de champanha, celebrando tudo.



Sem culpa. 





* Do livro: Pensar é transgredir.

- da minha vida.

Sinto falta de parar por aqui, escrever e relatar coisas que a ninguém digo.
É certo, e disso provo, algumas coisas nos fazem deixar de fazer algumas outras coisas, no entanto, eu sinto falta destas últimas.
(...)
No momento ando meio ocupada. A minha rotina. Ela mudou.
Há algo que quero compartilhar, estou a ler um livro "Pensar é transgredir" - Lya Luft. Irei compartilhar aqui, partes deste livro, que por sinal, estou me divertindo muito ao lê-lo.



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Grandiosas são as obras do Senhor! (Sl. 110)




- Eis porque a melhor forma, a melhor maneira, a melhor coisa e fundamental ação para sentir-se bem com tudo e com todos – é a confiança no Senhor.





"Sei que estás em mim, posso sentir o teu agir.  O meu coração, tua morada santa. Sem tua presença não conseguirei seguir; Luz que ilumina todo o meu interior"

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sl 110

- Grandiosas são as obras do Senhor!

domingo, 18 de agosto de 2013

Não quero ser... Sem que me olhes

Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno


Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

És o meu herói sem capa

Quando pequena costumava estar em seus braços ou sentada em teu colo. Eu realmente não sei o que nos afastou tanto. Queria entender como uma relação se desfalece a tal ponto de não ter coragem de falar-lhe certas coisas, ou de me abrir com você.
Chamas-me ainda hoje de ‘sua princesa’ e não sabes o quanto me agrada ouvir isto, é como música aos meus ouvidos, é como uma música que me acalma me dá segurança, me tranquiliza.  Confesso que senti medo de que seu primeiro netinho fosse tirar o meu lugar, entretanto, vi que nunca o perderei. Me sinto egoísta por isso, mas foi o que senti.
Para todos sou a filha exemplar, mas de você nunca ouvi isto. Não sabes o quanto sinto por isso,
Todos os dias, em minhas ações ou deveres tento e procuro maneiras de agradar-te. Tudo que fiz e faço é para um dia ouvir de você algo deste tipo.
Não me chateia certas coisas, eu entendo o quão se esforça para nos dá bem-estar, segurança, amor e carinho, estes últimos incumbidos, infelizmente.
Mas tenho em mim um pouco de você, e isso me basta! Porque sei o quanto batalhas todos os dias. E é por isso que hoje me alegro em dizer mais uma vez “obrigada!” Obrigada pelo que sou hoje. Minha garganta arranha ao escrever isso – de certa forma entendo por quê. É porque não consigo dizer isso pessoalmente.
És o meu Herói sem capa!  Eu o amo Pai.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quando os sonhos são coletivos

Um dia me perguntaram com o que eu sonhava? Pergunta difícil não é? Quando me pego a pensar nisso, me sinto estupendamente utópica! Mas não que eu não acredite em meus sonhos, ou desejos, ou me sentisse pequena o bastante para não realizá-los e conquistá-los.
Eu realmente não sei, não consigo classificar os meus sonhos, digo uma classificação em que eu possa dizer: 'ah, estes aqui são sonhos humanitários, ou que eu deseje que fosse assim... ’ não é isso, não é exatamente desta maneira. Veja, eu tenho os meus sonhos, dai eu desejo coisas maiores. Espera, deixa-me explicar melhor!
Sonho em realizações minhas, tipo ser feliz profissionalmente, fazendo o que gosto, ter uma família e me sentir completa com as pessoas especiais do meu viver. E ainda, tenho sonhos do tipo, um mundo melhor, bem mais humano, onde a paz seja concreta, onde a justiça realmente aconteça, onde os direitos sejam respeitados. São tantos os sonhos, queria que estes últimos fossem coletivos. Creio que os sejam! Porque quando coletivos, a utopia não é enxergada.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fonte de viver

E quanto a mim, o que farei com minha fé? Abarcar a tudo que faço, penso e almejo. As minhas ações envolvidas e enlaçadas a ela que sustenta e me conforta e me dá paz. Por que eu creio e sinto a cada dia mais a promessa de que Ele, nosso Papai nos fez: “Eis o meu corpo partido por ti, fazei isto em memória de mim; eis o meu sangue derramado na cruz, venham todos a mim Eu sou Jesus!” - Há vitória maior? Que certeza ainda quer e buscas? A fonte do viver está ali, pão e vinho, o Cristo vivo a se doar para a eternidade.

Todos têm o seu lugar, Ele não escolhe. Ele acolhe a todos – pois teu amor é grande e único, inigualável. 

sábado, 8 de junho de 2013

Quando...

REFLEXAO.COM.BR


Quando as horas de desgosto e desalento invadirem-lhe a alma e as lágrimas aflorarem em seu olhos, lembre-se das palavras mansas do Cristo, convidando-nos ao Seu regaço...
E quando sentir-se incompreendido pelos que o circundam, e perceber que a indiferença ronda à sua volta, acerque-se dEle: Ele é a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de suas intenções e a nobreza de seus sentimentos.
Quando o ânimo para suportar as vicissitudes da vida se extinguir e você estiver prestes a desfalecer, chame-O: Ele é a Força capaz de remover as pedras dos caminhos e ajudá-lo a superar as adversidades do mundo.
Quando os vendavais o açoitarem e você já não souber onde reclinar a cabeça, corra para junto dEle: Ele é o Refúgio Seguro, em cujo seio você encontrará guarida para o seu corpo e tranqüilidade para o seu espírito.
Quando lhe faltar a calma nos momentos de maior aflição e você se considerar incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoque-O: Ele e a Paciência, que lhe faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar das situações mais difíceis.
Quando as dores se abaterem sobre seu corpo e você sentir a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos, grite por Ele: Ele é o Bálsamo que cicatriza as chagas e minora os padecimentos.
Quando o mundo o iludir com promessas falsas e você perceber que ninguém pode lhe inspirar confiança, vá a Ele: Ele é a Sinceridade, que sabe corresponder à franqueza de suas atitudes e à nobreza de seus ideais.
Quando a tristeza e a melancolia se acercarem do seu coração e tudo lhe causar aborrecimento, clame por Ele: Ele é a Alegria que lhe insufla um alento novo e o faz conhecer os encantos de seu mundo interior.
Quando, um a um, fenecerem os ideais mais belos e você se sentir no auge do desespero, apele para Ele: Ele é a Esperança que lhe robustece a fé e lhe acalenta os sonhos.
Quando a impiedade se revelar e você experimentar a dureza do coração humano, procure-O Ele é o Perdão, que levanta-lhe o ânimo e promove a reabilitação de seu espírito.
Quando você duvidar de tudo, até de suas próprias convicções, e a descrença lhe tomar a alma, recorra a Ele: Ele é a Fé, que inunda-lhe de luz e entendimento e o habilita para a conquista da felicidade.
Quando você não puder sentir a sublimidade de uma afeição terna e sincera e a desilusão lhe tomar de assalto, aproxime-se dEle: Ele é a Renúncia, que lhe ensina a esquecer a ingratidão dos homens e a incompreensão do mundo.
E quando, enfim, quiseres saber quem é esse Alguém tão especial que é Luz, Renúncia, Força, Refúgio Seguro, Paciência, Bálsamo, Sinceridade, Alegria, Esperança, Perdão e Fé, busque conhecer a Boa Nova do Cristo.
Você encontrará em suas páginas o suave convite do Mestre para que O busquemos todas vezes que sentirmos necessidade de Sua ajuda.
Pense nisso!
Jesus é a luz do mundo, só se debate nas trevas aquele que dEle se afasta.
Jesus é bom pastor, somente se perde a ovelha rebelde que não aceita Suas orientações amorosas e sábias.
Jesus é o caminho, só se demora nos labirintos sombrios quem dEle se desvia.
Jesus é a verdade, só se equivoca aquele que ignora Seus ensinamentos.
Jesus é a vida, só duvida da imortalidade quem desconhece a Sua ressurreição gloriosa diante dos 500 da Galiléia

domingo, 19 de maio de 2013

Eu também a amo!

- E então eu venho aqui para externalizar a felicidade.
Você acorda em plena tardinha de domingo, e tua mãe te liga e diz: "liguei só pra dar um alô. E, dizer que te amo. Amo. Te amo".
- Preciso de algo mais? Ah, não.

sábado, 18 de maio de 2013

Dia especial


"Se alguém já te deu a mão 
E não pediu mais nada em troca

Pense bem
Pois é um dia especial(...)"

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Resenha - Os escritores da liberdade


LAGRAVENESE, Richard. Escritores da Liberdade. EUA/Alemanha, 2007.



Escritores da Liberdade, filme com título original Freedom Writers, dirigido por Richard LaGravenese com produção de Danny Devito, Michael Shamberg e Stacey Sher. A obra tem como estrela a presença de Hilary Swank, fazendo o papel de uma professora principiante. Baseado no livro The Freedom Writers Diaries e nos relatos da professora Erin Gruwell e seus diversos alunos.
Faz-se necessário discutir a definição do tema mais abordado no filme; Gangue. Segundo o dicionário Wikipédia, (derivado da palavra inglesa gang) é um grupo de indivíduos que compartilham de uma identidade comum e, na concepção atual, se envolvem em atividades ilegais. Historicamente o termo refere-se tanto a grupos criminosos como grupos de pessoas comuns. O filme inicia-se com a narração de Eva, uma garota que viu seu lar sendo invadido por policiais e levarem o seu pai por uma causa injusta. Eva, assim como os outros adolescentes presentes no filme, faz parte de gangue – que segundo ela, é onde está o seu povo, e que tudo deve ser feito para a proteção destes. O drama relata uma história real e foca a guerra de tensões raciais vivida em Los Angeles.
A professora Erin Gruwell escolheu ensinar nesta escola, pois ali havia o programa de integração voluntária como reflexão das políticas sociais. No entanto, assim como mencionado por ela, “não era bem o que ela imaginava que seria”. A senhora G’ foi uma luz em uma sala escura para aqueles adolescentes que somente com idades de 14 e 15 anos, viviam em uma guerra todos os dias. Alguns usavam até mesmo sinalizadores nos tornozelos. Erin Gruwell lecionaria inglês básico e literatura em uma turma de 1º ano onde diversas raças, culturas e etnias se enfrentavam com olhares maldosos todos os dias.
É fascinante o modo como ela enfrenta aquela turma, que para ela torna-se a partir dos primeiros dias um desafio. Partindo da realidade daqueles jovens Erin faz acreditar que suas vidas pode sim tornar-se melhor. Erin acredita no potencial dos seus alunos e faz de tudo para que eles acreditem e conheçam isso neles.
A escola onde Erin leciona, segundo os coordenadores e professores, era a mais reconhecida da área antes do programa de integração, como alguns aludiram, antes de ser um reformatório. Erin percebe que para muitos daquela escola, a sala 203 era tida como a turma dos burros e até mesmo os que ali se encontravam definiam-se assim. Para tanto, Erin apesar de todos os obstáculos que encontra e a não aceitação dos alunos com seus métodos de ensino, se esforça e se utiliza de métodos extracurriculares. A cada dia ela se interessava por a turma 203 e aos poucos fora conquistando a cada um. Em uma aula, Erin faz uma dinâmica com eles; colocou uma fita no chão, a qual dividiu a sala, e a cada pergunta feita, os alunos que se identificassem com tal, se aproximariam da fita. A partir dali a Sra. Gruwell é tocada pela dura realidade daqueles adolescentes, que por motivos que acreditavam serem os certos, enfrentavam-se como numa guerra. Erin de forma didática e ao mesmo tempo ousada desafia-os a escreverem suas histórias – contariam em um caderno o seu dia-a-dia. Eles teriam que escrever todos os dias sobre o passado, o presente e até mesmo o futuro. É encantador a ousadia da Sra.G’ para aqueles alunos. Ela ainda sugere a eles que se quiserem que seus cadernos sejam lidos, eles poderiam deixar em uma armário da sala, que estaria aberto até o fim da aula.
Ela se surpreende quando no final do dia, após a suposta reunião com os pais (suposta, pois nenhum familiar compareceu). Mas Erin ganha seu dia, quando encontra o armário repleto de cadernos. E ler todos ali mesmo. A partir de então, Erin passa a conhecer cada rosto, e o que guardavam seus alunos naqueles semblantes. Por falta de apoio e recursos escolares, Erin consegue permissão para levar a turma 203 a um passeio ao Museu, onde conheceriam um pouco do holocausto vivido por judeus. A partir daí passa a trabalhar valores e sentimentos, com o propósito de sensibilizá-los para infinitas questões como: discriminação, pobreza, preconceitos e tolerância, o que veio a diminuir significativamente a violência na sala de aula, e de certa forma passa-se a haver uma maior integração dos alunos nas aulas e um novo olhar diante da realidade vivida. Erin aposta em um projeto – por falta de apoio da coordenação pedagógica, ela compra para a turma livros novos, um deles foi o “Diário de Anne Frank”, a qual os leva a escreverem uma carta para a mulher que abrigou Anne em sua casa quando perseguida no holocausto. Nestas cartas, os alunos deveriam relatar suas experiências tanto boas quanto ruins. Um dos adolescentes pergunta se suas cartas serão entregues para Mep Gies e se talvez quando as lesse ela poderia vir conhecer a todos da turma; eles propõem até mesmo realizarem eventos para angariar fundos Erin percebe a mudança e a dedicação e cooperação entre seus alunos. Com dinheiro em mãos, Erin faz de tudo para conseguir realizar o grande desejo da turma.  E enfim, a Sra. Mep Gies vai à escola e conversa em meio a todos da turma – expõe sua experiência quando escondeu a Anne Frank. Marcus, um dos alunos, emocionado diz que para ele, ela é sua grande heroína. Ela alega que fez somente a coisa certa. E diz que não é uma heroína. Diz ainda, “(...) que todos nós somos pessoas comuns e que mesmo com pequenas atitudes podemos acender uma luzinha numa sala escura.” E no fim, ela os chama de heróis. Pois leu suas cartas e viu o que todos enfrentam todos os dias e diz com toda certeza expressa em sua face: “vocês são os heróis. Vocês são heróis todos os dias!”.
Cabe ressalta que o enredo torna-se importante também, por mostrar outros aspectos como a extrema dedicação de uma professora ao acreditar na transformação de seus alunos e a inserção da literatura e do conhecimento de outras culturas como base para mudança. É notável ainda a relação ódio e amor entre aluno e professor, que se torna fonte surpresas que ocorre no filme, e a partir desta relação surgem outras vertentes abordadas no drama.
Assim como no inicio do filme, a narração finaliza com a Eva em uma cena onde todos agora se sentem como iguais. Seus diários são digitados por eles mesmos e a professora Erin Gruwell, fez com que todos fossem arrumados juntos; a Sra. Gruwell não prometeu que o livro seria publicado, mas motiva-os a fazerem isso, pois eles tinham uma coisa para dizer para as pessoas. O livro seria uma coisa para deixar para as pessoas, eles eram agora escritores com suas próprias vozes e suas próprias histórias. E o nome foi: “O diário dos escritores da liberdade”.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Não se deixe desestimular



REFLEXAO.COM.BR
No seu aprendizado diário, na caminhada necessária para a evolução, você encontra empeços variados ao longo do caminho, que parecem destinados a lhe desanimar no longo percurso.
Muitas vezes você encontra os chamados inimigos gratuitos, os amigos faladores que o deixam em situações difíceis.
Outras vezes se depara com enfermidades físicas, com as deficiências de caráter de tanta gente, o que lhe provoca profunda tristeza, pois são companheiros que não movem uma palha em seu favor, embora ocupem seu tempo sempre que encontram a mínima dificuldade.
Você tem à sua volta a inflação que cresce e os ganhos materiais que parecem não acompanhá-la, o que lhe faz pensar que quanto mais trabalha menos ganha e gasta mais.
Você costuma ver desmoronar os mais acalentados sonhos domésticos, sem se sentir no direito de fugir.
Desmoronam os anseios do cônjuge atencioso e afetuoso; dos filhos estudiosos, responsáveis, respeitosos; da família companheira capaz de suprir você de energias nas horas apertadas para o seu coração.
Como se não bastasse, ainda surge a indiferença que o faz sentir-se solitário no mundo, sem qualquer apoio ou sustentação moral.
Contudo, seja qual for a luta que lhe caiba, seja qual for o testemunho que tenha de enfrentar, não se deixe desestimular, não se permita o abatimento.
Você não é vítima da vida.
Encontra-se unicamente em processo de reeducação, tendo oportunidade de acertar-se com a vida que um dia desrespeitou em vários de seus aspectos.
Você que conhece Jesus, ou que um dia ouviu sobre a Lei de causa e efeito, deve raciocinar que o bem ou o mal semeado na vida, da vida será colhido, e o seu desconsolo ou o seu desalento em nada colaborará para a resolução dos seus problemas.
Você deverá, então, aprender a analisar melhor as situações pelas quais tenha que passar. Deverá aprender a perdoar, a compreender, a respeitar diferenças, a falar menos, a penetrar melhor as razões das coisas, a condenar menos, a ser mais indulgente.
O tempo implacável não pára. Assim, se você o aproveitar para aprender a crescer e ser feliz, ele o abençoará com expressiva claridade.
Caso o desperdice, recolhendo-se à maldição do desânimo ou à fuga, verdadeiramente terá lançado fora o mais expressivo tesouro que nos é oferecido pelo Criador, para que nos façamos ricos e felizes: o tempo.
Não se perca nas teias do desestímulo. Confie sempre em Deus, que lhe dá sempre o melhor, dando-lhe chances de brilhar e ser feliz.
* * *
Os obstáculos que surgem no seu caminho, não são para impedir seus passos, são desafios para serem superados.
Cada vez que você consegue vencer uma dificuldade, sai dela mais fortalecido e mais confiante.
Assim, não se deixe, jamais, desestimular em circunstância alguma, pois Deus confia no seu poder de vencer os impedimentos e vencer-se a si mesmo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Beleza e luz vai lutar por você


Por que achar que não há mais romantismo, ou que o amor se vai?
Ele não se foi. Um dia nasceu e um dia feneceu. Não poderia esperar que fosse para sempre, porque talvez àquele não fosse o verdadeiro, ou que duraria a eternidade.
Eu sou ciente de tudo agora. Eu o amei. Eu amei. Amei. E só. Acabou? Deixa, sou feliz. Ainda vejo o céu, pássaros que catam e as borboletas continuam em meus olhos. As pessoas são as mesmas, elas ainda me amam. Eu ainda as amo! Minhas paixões são as mesmas, nunca mudarão meus pensamentos e sonhos. Só um amor que se acaba, e nada mais. Cheguei a dizer não amar mais. Mas o que esperar de um sentimento que, ah ele acontece! Ele é construído. É vivido.
E não há mais o que temer... deixa acontecer o amor viver, ele te mostrará quem sabe um arco-íris no fim da tarde, ou a maré no final do dia. Risos soltos e gargalhadas sem motivos. Te mostrará enfim, um sorriso sincero e te falará coisas que um dia você desejara ouvir.
(...)





domingo, 14 de abril de 2013

Você está no leme

REFLEXAO.COM.BR

Quando vemos, em alto mar, uma embarcação navegando ao sabor do vento, o que nos vem à mente?
Por suposição, diremos que é um barco à deriva, sem mãos fortes para conduzir o leme.
Todavia, quando o timoneiro assume o seu posto, a embarcação segue o rumo que ele definir.
Assim também acontece com a barca das nossas existências.
Se deixamos que os ventos e tempestades definam os rumos que deveremos seguir, fatalmente teremos surpresas desagradáveis pela frente.
Se, ao contrário, seguramos o leme e conduzimos a barca guiando-nos pela bússola da razão e dos sentimentos nobres, certamente chegaremos a um porto seguro.
Há pessoas que navegam os mares da existência sem se preocuparem com a direção que tomam. São facilmente empurradas pelos ventos da cobiça, da ambição desmedida, dos prazeres enganadores, da vaidade sem limites.
E, quando sentem que perderam o rumo, se desesperam e se revoltam contra Deus e contra todos, tentando justificar a falta de cuidados e de previdência.
Há os que se dizem fracos para conduzir o leme e deixam que o barco adentre a neblina escura da depressão, da melancolia, do desespero e, por fim, mergulham nos abismos do suicídio.
Esses terão que emergir, mais cedo ou mais tarde, suportando as dores dos ferimentos graves, provocados pela queda infeliz e inconsequente.
Há, ainda, aqueles que querem chegar ao destino em primeiro lugar. Atropelam os demais navegadores, destróem suas barcas e não se importam com o que venha a acontecer com os demais.
Queimam o combustível da saúde, usam de má fé para conseguir a melhor posição, penhoram a dignidade por um lugar de destaque. Esses não vão muito longe sem graves prejuízos.
Mas, nesse grande mar da vida, há navegantes previdentes e sábios que seguem com cuidado e perseverança. O barco das suas existências jamais fica à deriva.
Resistem com bravura às tempestades mais ameaçadoras e não se deixam levar pelos ventos fortes do desespero.
Sabem que cada um deve conduzir sua embarcação e, ao mesmo tempo, ajudar aos demais navegantes para que todos cheguem bem ao destino.
* * *
Você está no leme.
Você, e somente você conduz a sua embarcação.
Seus atos lhe pertencem, seus vícios, suas virtudes...
O barco da sua vida seguirá pela rota que você traçar.
E jamais se esqueça de que a sua felicidade espera por você, em algum porto de luz que lhe foi destinado pelo grande timoneiro de todas as almas, que é o Criador do Universo.