sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O que vai ficar?



O que vai ficar? Restará o quê destes dias?
            Foi um ano como os outros? Chega um tempo em que temos sim, que parar e refletir como foi nosso ano. Quem dera fizéssemos isso todos os dias, ou melhor, quem dera fosse um exercício constante, e essencial, feito diariamente – uma reflexão de nossas ações.
            Todos os fins de ano, a mesma reflexão, as mesmas frases, as vezes a mesma promessa. E que bom que haja promessas – é sinal que reconhecemos que precisamos mudar.
            Alguns se sentem tristes, neste período. Talvez por sentirem falta de algo ou alguém. E deixam passar aquele instante, que claro, é único. Pois não há momentos iguais, não haverá máquina do tempo que o faça acontecer e reviver novamente.
            E deste ano o que pensar?
– Aprendeu algo novo? É importante estarmos abertos para o conhecimento.
– Se decepcionou? Aprendi que ninguém é perfeito. Não, não somos perfeitos. Temos fragilidades e nossas ações as vezes podem não agradar a todos; a decepção surgirá sempre que houver encontros de pessoas. Não somos seres que vão sempre se alegrar ou estarmos sempre agradando. Quem dera pensássemos mais nos outros. Será que podemos? E nós..? Ah é, pensamos em nós, devemos. Também precisamos pensar em nós.
– Foi feliz? Ouvi muito a frase: “em busca da felicidade”. As pessoas acreditam que ela, a felicidade, é algo que devemos buscar ou procurar em alguém ou em algo lá fora, externo a nós. Acredito que ela está em nós mesmos – se há algo externo a nós que dizemos: estou feliz! É porque isso despertou a felicidade em você. É como se ela estivesse adormecida ou ficasse adormecida. Ela não é momentânea. Acredito que se assim fosse, não era em nós que ela deveria estar. Portanto, cultivá-la é dever nosso. Deixá-la florescer, ou transbordar e expandir-se é dever nosso de cada dia. Não torná-la momentânea. É isso, não deixar que se torne a felicidade momentânea!
            Desejo neste ano novo a vocês, caros leitores e blogueiros, que seu ano seja mesmo repleto de realizações, mas que sejam realizações desejadas por você. Façam promessas; cultivem ela, a felicidade, sempre linda! Mantenha acesa a todo instante. Ame-se, ame! Deixem-se amar. Sejam gentis e mantenham a sensibilidade e a doçura bem aguçadas!

Feliz ano novo!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A culpa é das estrelas - Resenha do livro

Um livro pra lá de curioso.
    Ao lê-lo queria acabar logo, percorrer as letras, linhas parágrafos e páginas. Saber o que viria depois de uma página e depois outra.
É fascinante como a história toma seu rumo.
A cada página uma coisa nova a querer conhecer, a querer imaginar.
    É impossível não deixar se envolver com cada passo da personagem Hazel. Seus pensamentos tentar desvendar e viver seus dias. Confesso, me segurei para não adiantar as páginas! É que, ah! Histórias desse tipo mexem comigo – quem não se enlaça a uma história assim de romance, não é romântico! (Risos)
     A culpa é das estrelas, de John Green. Conta a história de uma garota, que segundo o autor é uma paciente ou foi uma paciente terminal de câncer. E agora eu entendo porque dele dizer paciente terminal. Hazel viveu seus últimos instantes por aqui, cada dia com uma nova roupagem, um dia intenso, um dia meloso, um dia determinada...
      Hazel conheceu o Gus – Augustus Waters. A quem deu cada instante de seus dias. Por quem se deixou apaixonar. E foram apaixonados um pelo outro e compartilharam momentos únicos, dias incríveis.
      Como definiu o autor: inspirador, corajoso, irreverente e brutal.
Com tons únicos o, John Green, burla alguns conceitos. Inventa alguns conceitos, que juro, anotei muitos para depois procurar na rede. Green inventou nome de livro, bandas, até mesmo tratamentos para a doença!
   Em quase todas as minhas resenhas, sou bastante detalhista. Nesta, finalizo aqui, para quem não leu o Livro, se interesse em lê-lo.








PS: Este texto fora escrito há meses, por algum motivo que desconheço, não sei porque ele não foi postado.

domingo, 14 de dezembro de 2014

O quarto sentido

    Quem me conhece, sabe mais do que eu mesma, o quanto me restringi a falar ou me abrir sobre meus próprios sentimentos.
Desde sempre, busquei outras maneiras de expressar isso. Numa folha qualquer, num caderno antigo, ou atrás das capas de caderno ou livros, já usei também os guardanapos mais próximos no momento!
     Eu acredito que sempre há alguém em quem você possa confiar ou contar sobre sua vida, seus amores, suas paixões – falo no plural, porque sempre fui de tantos amores! (Não me interpretem mal, mas tenho as minhas paixões por coisas simples e que me cativa de um tanto inexplicável).

    Mas, voltando... Desde sempre fui mais de ouvir, que falar. Se as pessoas tinham algo a dizer, eu estava lá, sempre estou; não importava se no final, elas iam perguntar ou não “como está a minha vida?” “O que ando fazendo de bom?” etc... Eu era/sou um depósito ambulante ou um divã! Não reclamo disso, gosto de poder ajudar. Às vezes as pessoas só precisam de alguém que as escutem. Eu que o diga!
  O meu depósito sempre foi meus próprios pensamentos, minha caixinha de ideias malucas, sentimentos retidos, e, até eu descobrir um jeito de despejá-los, foi assim.
    Rabiscos, palavras soltas, textos melancólicos, ou melodramáticos, românticos demais, ou uma coleção de livros... São coisas que me ajudam d i a r i a m e n t e.
Há uma frase: “Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar”.
Sem mais.


domingo, 19 de outubro de 2014

Limites reais


           
Todo o dia a gente tem um ao outro,
Manhã cedo agora é bom de levantar.
Toda a dor que me aparece eu te conto,
Você me cura sem sequer notar.
(M.M)

 Já se perguntou até onde devemos ir? Até onde nossa compreensão alcança? Parou pra pensar o que o outro quer de você? Qual o seu limite no outro?
  Você parou para pensar que se alguém está com você e te quer perto, ele não deseja nada além disso? Você precisa entender que o limite de alguém em relação a você é o amor que ele pode devotar-lhe.
 No obscuro do nosso entendimento, cabem tantas incompreensões e sentimentos que às vezes me pergunto se estou sozinha nisso tudo. Devaneios do passado, passado este que mais se assemelha com o ontem; imagino tudo aqui...
Não sei... Não sei.
     Queria ao menos a certeza de que o terei por perto quando eu quiser, quando eu de você precisar.
   Prometer a mim mesma de que eu posso estar aqui, e, satisfeita me sentir toda vez que só incertezas eu tenho de você.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Seus atos

É imaturidade dizer algo que você não o fez. É insano querer mostrar- me um erro que não fora cometido. Seus atos, comportamentos e atitudes suas são somente sua, mas quem está ai a seu redor também será atingido. Seu crescimento e sucesso só dependem de você, claro que há pessoas a seu redor que te impulsionam a isso, dar- lhes o devido zelo é o que muda tal interpretação.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O que cabe dentro de um abraço?



Um convite nos foi feito/proposto. Abraçarmos nosso vizinho; o que se transformou em um abraço coletivo, onde ninguém ficou sem abraçar ninguém...
            Na correria da vida, esquecemo-nos de tantas coisas simples e boas que podemos fazer; passam despercebido alguns atos, alguns gestos, palavras, afeto! E então, nos perguntamos: e o sentido de tudo, onde está? Falamos “oi”, “tchau”, respondemos um “tudo bem” com um “tudo bem”. E às vezes nem ao menos respondemos!
     O fato é que nos esquecemos do quanto um abraço pode significar. E no calor do outro sentimos a nós mesmos. Porque quando olhamos rispidamente, passando o olhar sobre muitas coisas, esquecemo-nos de vê o outro. Sim, ele está ali, sempre esteve, e sabe lá o que ele sente no momento... Já parou pra perguntar?
E sentir um abraço, sentir realmente um abraço, significa debruçar-se em um apoio. Sentimos sim, que abraço é um apoio seguro, porque do contrário, não sentiríamos a sinergia unida naquele simples ato.
      Às vezes passamos dias sem abraçar alguém... E quando isso acontece, não há como se segurar; há naquele abraço lembranças, carência de um ombro amigo, de alguém que te diga: “me abrace quando eu precisar, e que eu não precise pedir seu abraço.” E sim, você pode chorar, não se segure. Isso é amar, é cuidar do outro. 
         Que os abraços sejam multiplicados e cresçam como uma PA, e, que sejam infinitos assim como o riso de uma criança! 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Um pouco de Jazz


Recomendado por a minha doce amiga, Eliane Sousa.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tons da Paz


"(...)Paz: a sinfonia perfeita cuja maior nota é o amor."

Muita gente deseja viver em paz convivendo, paradoxalmente, com situações que a tornam impossível.
Ninguém consegue viver em paz, desrespeitando os direitos alheios.
Não se vive em paz cultivando na alma os corrosivos da mágoa, da inveja, da prepotência, da ingratidão, do desrespeito.
A paz consciente é incompatível com a ignorância e com o descaso.
Não se pode construir a paz nas bases da indiferença moral, nem nos alicerces da violência íntima disfarçada de autenticidade.
...Muita gente deseja viver em paz convivendo, paradoxalmente, com situações que a tornam impossível.
A paz que não está sedimentada na razão e no mais profundo sentimento de amor ao próximo, não é paz, é ilusão.
Quem observa a superfície calma das águas de um charco, por exemplo, pode ter a ilusão de vislumbrar a mansuetude, mas se sondar as profundezas, encontrará miasmas pestilentos e odor fétido de podridão.
Para que a nossa paz não passe de mera ilusão, nossas atitudes precisam ser iluminadas pela luz da razão e aquecidas pelo sol do sentimento.
Certa vez alguém escreveu sobre a paz, o seguinte:
Paz é suave melodia, extraída da alma pelos dedos invisíveis da consciência tranqüila.
É canção que cala a voz da violência, que desperta consciências e dulcifica quem a possui.
A paz tem a singeleza e o perfume de flores silvestres, cultivadas no solo fértil da lucidez, pelas mãos habilidosas da razão e do sentimento.
E é nesse jardim da alma que brotam as sementes da ternura e da compaixão, do afeto e da mansuetude.
Um coração sem paz é como uma orquestra sem tons nem sons, sem flores nem perfumes, sem leveza e sem harmonia.
A vida sem paz é como embarcação que navega sem luz, que desconhece o caminho e se perde na imensidão de breu.
A paz, ao contrário, enobrece os dons da alma e acarinha a vida...
Tem a suavidade da brisa, ao amanhecer...e os vários tons multicores que despertam a aurora.
Possui o vigor da mais pujante sinfonia e a sutileza entre tons e semitons.
Paz: a sinfonia perfeita cuja maior nota é o amor.
Quando essa sinfonia ecoa nos corações, produz tons e sons na mais perfeita harmonia...
Para extrair da alma a melodia da paz, é preciso afinar os acordes da razão e do sentimento, as duas asas que nos guindarão para a luz inapagável, que a todos nos aguarda no limiar do infinito.
***
"E é tão fácil a conquista da paz!...
Basta que não ambiciones em demasia;
Que corrijas os ângulos da observação da vida;
Que ames e perdoes;
Que te entregues às mãos de Deus que cuida das ‘aves do céu’ e dos ‘lírios do campo’ e que, por fim, cumpras fielmente com teus deveres."


Texto: Momento Reflexão

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Gosto de pessoas que vibram, que não há que empurrá-las, que não se precisa dizer o que fazer, se não que sabem o que se tem que fazer e o fazem.
Eu gosto das pessoas justas com a sua gente e consigo mesmas, mas só aquelas que compreendem que somos humanos e que podemos nos equivocar [...]"

– Mario Benedetti

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Uma lição de amor/ I Am Sam - Resenha

“Como podemos ser tão diferentes e nos sentirmos tão iguais?”


            Uma lição de amor/ A Força do Amor, tem como título original: I Am Sam. Filme americano, do gênero drama, lançado em 2001, escrito e dirigido por Jessie Nelson, estreado no Brasil no ano de 2002.
            Sam Dawson é um homem com deficiência mental e apresenta atraso cognitivo. Leva uma vida normal, tem amigos que fazem parte do seu dia a dia e são assim como ele, especiais e excepcionais! Um grupo de amigos que trepida inveja em qualquer outro – envolvidos pelo afeto, companheirismo e cobertos de generosidade e humanização.
            O filme começa com Sam em seu ambiente de trabalho, uma cafeteria, da qual todos por lá o tratam com respeito e inclusão. A trama inicia quando durante sua atividade no trabalho ele recebe uma ligação, Sam sai correndo pela rua e chega à sala de um hospital, onde lá sua vida começa a ganhar mais brilho; nasce sua razão de viver, a filha a qual ele devotaria todo o seu amor e cuidado. Lucy, fora fruto de um relacionamento inesperado entre Sam e uma mulher que recebe abrigo na casa de Sam. Porém, esta mulher sem nenhuma explicação, abandona Sam e o bebê.
            O filme nos traz algumas reflexões iniciais e alguns questionamentos: como Sam cuidará de sua filha, sozinho? Será que sua mãe voltaria um dia? E quando a criança crescer? Como ficará a vida de Sam diante de tal situação...?
            Com o apoio de seus amigos e ajuda de uma amiga vizinha, Sam se envolve cada vez mais com sua filha, entregando todo o seu amor àquela criança. Sua atenção, seus mais sinceros cuidados e proteção. É emocionante cada minuto do filme, cada cena nos faz envolver-se com a história, fazendo-nos reconhecer que nossa humanidade está aquém do respeito as diferenças, as singularidades de cada ser. Sam tinha uma mentalidade de uma criança de 7 anos, a inocência de 7 anos de vida, mas todo amor que ele tem... ah! Talvez não caiba em muitos que se dizem ser gente.
            É cativante a paixão devotada por ele a sua filha. Desde o primeiro momento ao segurá-la nos braços, e o seu olhar, e o seu cuidado encharcados de amor. Cada momento entre Lucy e Sam é fascinante aos olhos.
            Nos primeiros dias, Sam sente dificuldade em seus iniciais cuidados; hora de alimentá-la, como pôr sua frauda; que horas ela deve dormir ou tomar banho. Em tímido desespero Sam pede ajuda: “[...] é tudo tão pequeno, você vem aqui pra me ajudar?” foi o que ele disse a vizinha Enne, sua amiga. Quando ela explica os horários de alimentar a criança, com sentimento profundo, ele pede desculpas a Lucy.
Sua amiga Enne ensina os horários de alimentá-la sintonizando a TV com os programas nos devidos horários. E Sam faz assim como recomendado.
Lucy começa a crescer e com isso, logo o enche de perguntas e mais perguntas...
– Papai por que a neve cai em flocos?
– Porque ela vem em flocos.
– Papai a mostarda é feita de que?
– A mostarda é um ketchup amarelo.
– Papai por que tem homens carecas?
– Alguns homens são carecas porque a cabeça deles brilha e não tem cabelo nela. A cabeça deles faz mais parte da cara.
– Papai só tem joaninhas, ou tem também joaninhôs, também, e se eles existem o nome deles é esse mesmo?
– Não. Chamam besouros.
– Papai onde o céu termina?
(...)
            Lucy e suas perguntas começam a deixar Sam confuso; em uma cena Lucy questiona a seu pai “se Deus quis que ele fosse assim, ou se foi um acidente?” Sam não reconhece uma maneira de explicá-la suas limitações enquanto humano. E a questiona assustado o que ela queria dizer com aquela pergunta. E se desculpa por ele não ser como as outras pessoas, os outros pais.
Lucy o deixa feliz completando: “Não se preocupe, eu tenho sorte. Nenhum dos outros pais costuma ir ao parque”.
            É fascinante a performance do ator principal, consegue por excelência ser originalmente encantador a cada cena.
Como duas crianças de mesma idade eles passam os mais felizes e divertidos dias, até que a vida deles sofre algumas mudanças, quando Lucy começa a frequentar a escola; Lucy envolvida com seus colegas passa a se questionar sobre o comportamento de seu pai. Alguns colegas passam a chama-lo de retardado, e Lucy acata: dizendo que: “é possível ser um retardado para reconhecê-lo”.
Lucy passa a mostrar outros livros para o seu pai, mas Lucy reconhece algo que a deixa com vergonha quando estão lendo juntos em uma passagem do livro que diz: “Como podemos ser tão diferentes e nos sentirmos tão iguais?”
            Suas vidas começa a mudar quando a escola chama Sam para uma conversa e o diz que Lucy não consegue acompanhar seus coleguinhas na escola, e se recusa a apreender, a evoluir. Em casa, Lucy se recusa a ler e diz ser burra. E completa: “se você não consegue ler, eu também não consigo ler”. Seu pai a convence dizendo emocionado que se sente realizado quando ela ler e ela termina a leitura.
            O clímax ocorre quando na festa surpresa de Lucy, Sam e seus amigos, junto aos colegas de Lucy, a menina é levada pela Senhora da Vara da Família, que fora visitá-la. E na hora que Lucy chega, ela é surpreendida! Um coleguinha grita: “ele não é seu pai, você disse que foi adotada!”
            Sam fica sem Lucy por um tempo, só pode vê-la duas vezes por semana e por duas horas. Ele passa a procurar por um advogado que o ajude. Até que com muito esforço e persistência, uma advogada aceita ajudá-lo, no entanto, ela só o ajuda (pro bono) para impressionar alguns seus amigos que a vê conversando com ele.
 Rita é uma advogada, mãe e esposa. Estas ultimas sem muita dedicação. Ela é uma pessoa que sofre com alguns problemas – seu filho uma criança que não recebe atenção merecida e a trata com desobediência e rebeldia. E seu esposo, é um homem infiel.
            Rita passa a se envolver cada vez mais com o caso de Sam e, com ele, passa a valorizar algumas coisas e ser mais calma, mais humilde e humana.
Durante o filme, Sam e Rita enfrentam várias sessões, até que Sam se conforma e faz o que para ele seria melhor para sua filha – deixá-la com sua mãe adotiva, aquela com quem ele sempre quis para Lucy; uma mulher paciente, carinhosa e que estava disposta a dar atenção e o amor que Lucy precisava.
            Há passagens em que Lucy passa dias fugindo de casa pela janela para ir de encontro à casa do pai; de madrugada, quando todos já dormiam, ela pulava a janela de sua casa e ia para a casa de Sam que era vizinha a sua. Dizia a seu pai que não conseguia dormir, e, Sam a esperava adormecer todas as vezes que isso acontecia e depois ia deixá-la em sua casa. É comovente a forma como a mãe adotiva da Lucy diz para o Sam quando evita que mais um desses episódios ocorresse novamente; então ela vai à casa de Sam com Lucy em seus braços, e simplesmente diz que ela não seria capaz de dar o mesmo amor que ele sente por sua filha. E a entrega nos braços de Sam.
            O julgamento final não se passa no filme, mas o que sabemos é que Sam fez o que achara melhor para Lucy, a deixa com sua mãe adotiva.
Histórias assim, nos fazem refletir sobre comportamentos – o comportamento humano. Os valores que nós por muitas vezes esquecemos ou fazemos questão de não usá-los. O respeito as pessoas, seja ela como for, surda, cega, com deficiência mental, paraplégicas, etc. seja lá qual for sua deficiência. O fato é que pessoas assim são cidadãs e cidadãos como qualquer outro, e como tais possuem os mesmos direitos que pessoas “normais”. 
E para a inclusão, o que falta? 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Guimarães Rosa



"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem".

João Guimarães Rosa

Em favor da amizade


Desde os tempos bíblicos a amizade foi tida como algo precioso. Ela é enaltecida no livro do Eclesiastes, sendo comparada a um tesouro.
Para todos aqueles que desfrutam de boas amizades, não é novidade afirmar que é ótimo estar com os amigos.
Agora, no entanto, provas científicas sólidas afirmam que a amizade é capaz de prolongar a vida.
Shelley Taylor, psicóloga pesquisadora da Universidade da Califórnia, em Los Ângeles, diz que a amizade "desempenha um papel muito mais importante na manutenção da saúde e da longevidade do que a maioria das pessoas imagina."
Diz que os "laços sociais são o remédio mais em conta que existe."
Desde 1979 vêm se intensificando pesquisas em torno da ação da amizade. Ainda na Califórnia, durante nove anos, cinco mil moradores do Condado de Alameda foram submetidos a pesquisas.
Foi constatado que as pessoas que tinham o maior número de relações sociais apresentaram menos da metade da probabilidade de morrer, comparados aos que tinham o menor número de relacionamentos.
Mais de uma centena de estudos confirma os benefícios que a amizade traz para a saúde.
Quem tem amigos, tem mais chances de sobreviver às doenças de alto risco, possui um sistema imunológico mais forte e com maior capacidade de regeneração, melhora sua saúde mental e vive mais do que as pessoas sem esse suporte social.
Segundo os pesquisadores, o fato de ter amigos confiáveis significa menos hormônios de estresse fluindo pelo organismo, mesmo diante de problemas. É menor o risco de a pressão arterial e os batimentos cardíacos aumentarem de modo brusco.
Este importante detalhe ajuda a prevenir danos arteriais. Ao longo de toda uma vida, essas diferenças sutis podem resultar numa grande proteção contra as agressões do tempo e das doenças.
Pesquisas em vários Estados americanos, no Japão e na Escandinávia são unânimes em afirmar que é ótimo ter amigos.
Por isso, mesmo que a sua agenda esteja superlotada, não esqueça de dedicar um pouco de atenção para o florescimento e a manutenção das suas amizades.
Marque um encontro para um lanche. Ou uma caminhada pela manhã, antes de ir para o trabalho.
Reserve uma noite, ao menos, por mês para se encontrar com os amigos.
Esteja presente nos acontecimentos importantes na vida de seus amigos, como casamentos, formaturas, aniversários, enterros. Acredite: sua presença vai fazer a diferença.
Programe-se para realizar algumas tarefas de rotina, com os amigos, aproveitando os tempinhos sempre preciosos, enquanto faz compras no mercado, vai ao banco, pratica exercícios, assiste o jogo de futebol de seu filho.
O importante é não perder contato. Se o amigo está distante, telefone, utilize o fax, o correio eletrônico. Faça o que puder para manter o relacionamento de amizade.
Na alegria ou na tristeza, esteja com seus amigos.
* * *
Amizade é excelente presença de Deus no relacionamento das almas.
Apoie-se nas companhias caras ao seu coração. Deixe-se envolver pelo bem-querer.
Cultive a amizade, permitindo-se o salutar intercâmbio de idéias, sentimentos, alegrias.
Alimente a sua vida com essas horas de agradável convívio ao lado de quem você quer bem e se permita usufruir felicidade.



Momento Reflexão.com

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O conhecimento do próximo tem isto de especial: passa necessariamente pelo o conhecimento de si mesmo. 


Italo Calvino




terça-feira, 5 de agosto de 2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014

domingo, 20 de julho de 2014

Sobre o dia do amigo ou dia internacional da amizade – vinte de julho,


         Palavra de cinco letras, e imensa em seu significado. Às vezes nos pegamos dizendo que não existe amizade neste século. De fato, é espantoso o quanto ouço isso! Chegou até ser natural. Mas tudo isso acontece na mesma medida quando vejo demonstrações de afeto e carinho nas redes sociais, aqui abro um parêntese, chocante como vemos tudo isso: neste espaço dizemos que de todos somos amigos – temos ali online dezenas de amigos!
Seria legal se víssemos este espaço para externar alegria, fraternidade, companheirismo, amor! Contudo, que pena que na maioria das vezes a emoção e os sentimentos restringem apenas ali, nas ‘curtidas’...
          Todavia, aqui quero tratar de minha felicidade por haver esses “serzinhos” em meu viver, os amigos: amiga Mãe, amizade entre irmãos, amigos primos e primas, professores, vizinhos... De fato, muito amor envolvido!
      Quando mais nova, tive amigas; em meus nove ou dez anos, tinha amiga de quase cinco, seis anos de idade ao meu lado, tive amigas mais velhas também. Brincávamos de barbie, jogávamos bola na rua, trocávamos segredos... E, no colégio, também usei pulseirinhas da amizade! Era divertido e verdadeiro fazer aquele tal pacto que jurávamos não nos separar e... (realmente sinto falta). Sinto falta de amigos que o tempo talvez tenha apagado da lembrança... Devo entender que tudo isso é natural, essa coisa de cada um tomar seu rumo, suas escolhas, seus caminhos... No entanto, o fato e, é o que deve prevalecer, é que nunca se apagará os momentos importantes, os que me faz lembrar aqui e com nostalgia dizer: sinto saudades.
(...)
      Devo então agradecer por alguns anjos que encontrei durante meu crescimento enquanto pessoa. Amigos que mesmo na distância sinto-me conectada. Amigos e irmãos pela fé, assim os pronuncio. Que a qualquer momento, eu sei, ele está ali.
          E no dia a dia, também me pego encontrando pessoas que digo sim serem meus amigos. Na faculdade tenho pessoas as quais posso confiar, e que eu sei que assim como os do passado, eu poderei guardá-los.
       Lembrei-me agora, das cartinhas que escrevia nesta data – ali demonstrações de afeto eram trocadas! Momentos descritos com emoção e tantos agradecimentos que também eram feitos! Juras de amizade eterna. Era tudo tão doce... Boas lembranças.
(...)     
       E no amor, encontrei também um amigo. Tenho comigo alguém que me compreende mais que qualquer um. Alguém que me vê como sou, me entende e me aconselha. Escuta-me e me ama! Que dá carinho sem medida. Que eu sei que posso sempre contar. Para quem falo de minhas dores, meus sonhos e dos mais íntimos sentimentos.

     Enfim, era isso... Amo todos vocês. E saibam amigos, há algo que ninguém pode apagar em nós: a lembrança.

da doce Clarice Lispector,


Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser [...]. Tenha felicidade bastante para fazer com que a vida seja doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.


Clarice Lispector

domingo, 13 de julho de 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Não espere




Não espere um sorriso para ser gentil.
Não espere ser amado para amar.
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de um amigo.
Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar.
Não espere ter muito para compartilhar um pouco.
Não espere a queda para se lembrar do conselho.
Não espere a morte para dizer o quanto ama alguém.
Não espere a chuva para valorizar o dia de sol.
Não espere ser abraçado para dar um abraço.
Não espere a dor para acreditar na oração.
Não espere ter tempo para poder servir.
Não espere a mágoa do outro para pedir perdão.
Nem espere a separação para se reconciliar.
Não espere... Pois você não sabe o tempo que ainda tem.
Pois ninguém precisa esperar para amar, e buscar a felicidade.
A vida é uma oportunidade ímpar.
Estar neste planeta é uma imensa chance que temos de aprender, de levar daqui valores verdadeiros, levar amores maduros e duradouros, e deixar as memórias e vivências tristes do passado que tivemos.
Estar neste planeta é poder ajudá-lo a crescer, a deixar para as próximas gerações uma casa em ordem, reformada e melhor.
É deixar para nós mesmos, quem sabe, mais esperança.
Para isso, não podemos nos deixar acomodar, desanimar, deixar que a vida nos leve, ao invés de nós conduzirmos a vida.
Cada dia é único. Cada manhã é diferente. Cada noite tem sua beleza especial.
Por isso, despertemos para a vida realmente, deixando em cada instante a nossa contribuição, a marca de nossos corações por onde passarmos.
Ao final desta etapa - mais uma das muitas que ainda teremos - poderemos reconhecer satisfeitos, que cumprimos nossa missão, que nosso viver não foi em branco, e que agora somos mais felizes do que éramos antes.
Por isto tudo, não espere.
Não espere ser amado para amar.
Nem a chuva para valorizar o sol.
Não espere a dor para acreditar na oração.
Nem o afastamento para dar valor à presença.
Não espere ser chamado para se oferecer à tarefa.
Nem ter mais tempo para doar-se.
Não espere ouvir "eu te amo" para dizer "eu te amo".
Nem receber para então doar.
***
Somos seres repletos de experiências, de vivências em outras realidades, quando vestimos outros nomes e outros corpos.
Mas em cada nova vida, a bênção do esquecimento do passado nos faz novos, nos dá a lida como um livro em branco, no qual contaremos nossa história, como se fosse a primeira que estivéssemos vivendo.
Trazemos na consciência e nas intuições as orientações necessárias para trilhar o novo caminho, fazendo com que os planos previamente traçados na pátria espiritual, possam ser devidamente cumpridos.
Dessa forma, nosso tempo aqui precisa ser bem aproveitado, ser bem utilizado, e para isso não podemos esperar para agir no bem, não podemos esperar para construir nossa felicidade futura.


Momento Reflexão

quinta-feira, 5 de junho de 2014





Eis porque a melhor forma, a melhor maneira, a melhor coisa e fundamental ação para sentir-se bem com tudo e com todos – é a confiança no Senhor.

Tudo começa por um ponto.


sábado, 31 de maio de 2014

Dias de lembrança.


"(...)uma miscelânea de sentimentos envolvidos numa vida!"



Passando uns dias assim, lembrando e tentando lembrar-se de coisas, coisas do passado. Imagens de um passado distante ou até mesmo os mais próximos.
Lembro-me de sorridos, de choro, alegrias! Lembro-me de momentos felizes, momentos de conquista de pleno entusiasmo!
Pessoas legais, pessoas boas, pessoas especiais – pessoas que trouxeram-me alegrias.
Ocorridos bons e que de alguma maneira ocasionaram-me aprendizado. Mas há também momentos que não desejaria ter vivido – arrependimentos? Não diria assim. Mas que, ah, não devia mesmo ter vivido. Hoje os tenho como aprendizado, porque em tudo há um sentido e motivo pra acontecer.

Vejo dias felizes em minhas lembranças. Vejo afeto em manhãs, tardes, noites... Vejo razão nas lembranças e também bastante emoção!
Há um tempo que é bom recordar-se de dias assim... Rememorar do que vivi, do que conquistei, do que sonhei, de que houve de fato algumas coisas que demonstram a razão do meu hoje, os frutos no meu dia a dia.
Alegrias, tristezas, conquistas, afeto, felicidade, uma miscelânea de sentimentos envolvidos numa vida!

domingo, 18 de maio de 2014

93 Million Miles


Dedico ao meu amigo Rivaldo Cabral...




93 MILLION MILES

93 million miles from the Sun
People get ready, get ready
Cause here it comes, it's a light
A beautiful light, over the horizon
Into our eyes
Oh, my, my, how beautiful
Oh, my beautiful mother
She told me, son, in life you're gonna go far
If you do it right, you'll love where you are
Just know, wherever you go
You can always come home
240 thousand miles from the Moon
We've come a long way to belong here
To share this view of the night
A glorious night
Over the horizon is another bright sky
Oh, my, my, how beautiful,
Oh, my irrefutable father
He told me, son, sometimes it may seem dark
But the absence of the light is a necessary part
Just know, you're never alone,
You can always come back home
Home
Home
You can always come back
Every road is a slippery slope
But there is always a hand that you can hold on to
Looking deeper through the telescope
You can see that your home's inside of you
Just know, that wherever you go,
No, you're never alone,
You will always get back home
Home
Home
93 million miles from the sun
People get ready, get ready
Cause here it comes, it's a light
A beautiful light, over the horizon
Into our eyes


93 MILHÕES DE MILHAS

A 93 milhões de milhas do Sol
As pessoas preparam-se, preparam-se
Porque lá vem, é uma luz
Uma linda luz, além do horizonte
Para dentro de nossos olhos
Oh, minha nossa, que linda
Oh, minha bela mãe
Ela me disse, filho, você irá longe na vida
Se fizer tudo direito, amará o lugar onde estiver
Apenas tenha certeza de que onde quer que vá
Você sempre poderá voltar para casa
A 240 mil milhas da Lua
Percorremos uma longa distância para pertencer a esse lugar
Para compartilhar essa vista da noite
Uma noite gloriosa
Além do horizonte há outro céu brilhante
Oh, minha nossa, que lindo
Oh, meu pai irrefutável
Ele me disse, filho, às vezes, pode parecer escuro
Mas a ausência da luz é uma parte necessária
Apenas tenha certeza de que você nunca está sozinho,
Você sempre poderá voltar para casa
Casa
Casa
Você sempre pode voltar
Toda estrada que é uma subida escorregadia
Mas sempre há uma mão na qual você pode se segurar
Olhando profundamente pelo telescópio
Você pode perceber que seu lar está dentro de você
Apenas tenha certeza de que onde quer que você vá
Não, você nunca está sozinho,
Você sempre voltará para casa
Casa
Casa
A 93 milhões de milhas do Sol
As pessoas preparam-se, preparam-se
Porque lá vem, é uma luz
Uma linda luz, além do horizonte
Para dentro de nossos olhos