Quem me
conhece, sabe mais do que eu mesma, o quanto me restringi a falar ou me abrir
sobre meus próprios sentimentos.
Desde sempre, busquei outras maneiras de expressar isso.
Numa folha qualquer, num caderno antigo, ou atrás das capas de caderno ou
livros, já usei também os guardanapos mais próximos no momento!
Eu acredito
que sempre há alguém em quem você possa confiar ou contar sobre sua vida, seus
amores, suas paixões – falo no plural, porque sempre fui de tantos amores! (Não
me interpretem mal, mas tenho as minhas paixões por coisas simples e que me
cativa de um tanto inexplicável).
Mas,
voltando... Desde sempre fui mais de ouvir, que falar. Se as pessoas tinham
algo a dizer, eu estava lá, sempre estou; não importava se no final, elas iam
perguntar ou não “como está a minha vida?” “O que ando fazendo de bom?” etc... Eu
era/sou um depósito ambulante ou um divã! Não reclamo disso, gosto de poder
ajudar. Às vezes as pessoas só precisam de alguém que as escutem. Eu que o
diga!
O meu
depósito sempre foi meus próprios pensamentos, minha caixinha de ideias
malucas, sentimentos retidos, e, até eu descobrir um jeito de despejá-los, foi
assim.
Rabiscos,
palavras soltas, textos melancólicos, ou melodramáticos, românticos demais, ou
uma coleção de livros... São coisas que me ajudam d i a r i a m e n t e.
Há uma frase: “Tem coisas que o coração só fala para quem
sabe escutar”.
Sem mais.
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