Um
momento. Espere minha paciência e resiliência voltarem ao normal. Tudo bem,
voltei!
Tem
sido assim nos últimos meses – eu numa luta comigo mesma. Ouvi dizer que não
seria fácil ou seria difícil demais lidar com o desemprego. A gente vê por ai,
não tão longe de nós e, não estou dizendo para lembrarem das estatísticas dos
telejornais nem mesmo o que a mídia nos diz... Falo mesmo é do vizinho ao lado, do
primo, colega, tio, tia, irmão, irmã que estão sem trabalho. O mercado está
cheio de gente e ainda falta espaço. Pois é. Isso mesmo, tempo bom era quando estávamos
na faculdade, quando tinha atividades a cumprir, quando tínhamos aqueles
momentos de felicidade ao sermos agraciados com um trabalhinho extra, como um
estágio remunerado etc. Mas então saímos formados enfim, temos em mãos o
Diploma e um registro profissional. Aí nos deparamos com a falta de
oportunidades ou melhor, os “nãos” de inúmeras entrevistas dadas, porque
simplesmente não temos experiência. E não adianta, porque a discussão será a
mesma, todos vão contestar no mesmo detalhe... e você e, eu e todo o mundo vai
falar num coro só: “poxa, como vamos ter experiência
se não nos é dada oportunidade?!
Então
vem os concursos, e sim, em sua
maioria são poucas vagas de fato, e sim,
alguns deles também vão ter como requisitos a tal da experiência, provas de títulos e
blá blá blá! Você não só se sente sem rumo, sem luz, seja lá o que for: opções!
Isso... a palavra certa: OPÇÕES. Pois bem, este é o meu estado real. Me formei
e, desde então tenho feito seleções na tentativa de mestrado, de concursos
públicos, seja em minha área ou em outra de nível médio, envio currículos, acompanho
sites de emprego etc. tenho feito seleções e entrevistas quando me retornam. E
claro, se tens motivação, tens tudo!
Eu ouço isso, eu falo isso para mim todas as manhãs, é quase que uma ladainha
proferida por meu cérebro, mentalizada automaticamente em meus sentidos.
Contudo, tem sido difícil. E sei também que não sou a única a estar passando por esta fase. No entanto, às
vezes falta-me motivação, força e perseverança naquilo que tenho que fazer: estudar. Tenho dito que devo ser sim, o
melhor, ser meu próprio exemplo. Eu já me frustrei tanto e nem sei como tenho
suportado. Primeiro o fato de ter voltado ao que era antes - alguém que não tem mais uma certa “autonomia”
em alguns sentidos. Foi e tem sido uma mudança a qual ainda não me adaptei. Mas
é para isso que é dado o dia, o presente: a gente evolui, tenta se tornar uma espécie
de ser que vai amoldando-se a tudo... seria habituand0-se(?) a essas situações
que chegam e que a vida tem que acontecer em seu curso.
No
meu cronograma semanal, sim, porque
uma coisa que aprendi e que de fato, tenho aprimorado é seguir uma agenda ou
cronograma. É como um planejamento do seu dia em que você apenas se vê com uma
rotina pronta. Relutei durante um tempo na ideia de não deixar-me ser
rotineira, mas é isso! Concurseiro tem rotina! E sim, deve ser fiel a ela. Hora
para acordar. Hora de atividade física. Hora de puder ouvir música e, a hora de
SBC = sentar bunda cadeira. Horas em uma cadeira lendo, relendo, revendo,
revisando, assistindo a mesma aula, enfim é isso em resumo.
E
se, tu não tens uma alegria diária, um combustível ou alguém que lhe pergunte
como foi seu dia, mesmo sabendo que a reposta
será a mesma, porque não há tantas novidades na vida de alguém que está
apenas focado e desligado em tudo o mais fora de sua ‘caverna’ – o meu quarto.
Eu
diria que, tenho algumas alegrias sim... na maioria das vezes! Tenho dois serzinho
de alma bonita (uma de dois anos de vida e outro de quatro anos) são os meus
sobrinhos. Eles são como aurora, aquela claridade que aponta o início da manhã,
antes do nascer do Sol, depois de uma noite demorada e sombria de pura insônia.
Tenho amigos que posso contar e, claro por vezes ‘murmurar’ por sentir-me
cansada e, sem esperança - eles me
entendem e me animam e fazem voltar-me a si e acreditar mais em mim. Tenho também
um companheiro (temos nossa história de quase 4 páginas, isto é quatro anos
vividos de cumplicidade e entrega de sonhos mútuos e planos). Neste último ano,
estivemos separados, meio que um namoro à distância, de espera por dias
melhores. Ele é a melhor pessoa que conheci, de uma sabedoria ímpar e de garra
exemplar em tudo a que se propõe fazer e seguir. Tem sido meu acalento e alento
nas maiores proporções que possas imaginar, meu melhor descanso para alma,
mesmo na distância posso sentir seu ombro para encostar-me e puder descarregar
muitas coisas. E claro, uma família que me dão conforto no silêncio e
compreensão de mim mesma.
Veja,
tenho muitos sonhos, planos, até que tenho vários... mas tenho também medo. E a
gente lida por vezes com muitas coisas e, que só a gente sabe, entende?
Então,
todos os dias como qualquer outra pessoa deve seguir tentando enxergar beleza, vivo
perseguindo o que acredito ser capaz. Engolindo alguns sapos e construindo
coisas grandes com as pedras jogadas! É difícil dizer que nunca pensei em
desistir. Sim, já pensei. Mas lembro
do quanto lutei, pelas coisas que passei, e dos exemplos de pessoas que estão
ao meu redor... digo que não vou desistir. E aquela velha frase que ouço e que
retruca de muitas pessoas próximas a mim: “a
hora vai chegar, e tem algo bom para você... verás! ”. Tomo a partir de cada ‘não’ recebido um radar,
uma largada e uma linha que se torna cada vez mais próximo da chegada enfim.
Não prometo que vou escrever todos
os dias, mas aqui vai mais um texto, depois de 4 meses sem escrever neste blog (não tanto-diário), para quem gosta
de ler ou me ler e sabe bem onde me encontrar.