Este
texto foi redigido, lido e relido várias e várias vezes. Foi uma busca
frenética para melhorá-lo ou tentar dizê-lo doutra forma, simples e objetivo, de modo com que
chegue melhor ao leitor. Não quero que chegue a todos – não sei se estou pronta
a críticas dos donos da razão, todavia, cegos de toda razoabilidade humana.
Ponho quatro questões iniciais, com elas não espero respostas, mas reflexão. Que elas não sejam também, refletidas sob o ângulo de fake news.
1.
Você avaliou
e/ou analisou criticamente os planos de governo dos candidatos à presidência?
2.
Consegue encaixá-los
num plano que envolva a igualdade, equidade e dignidade de todos em nossa
nação?
3.
Quais as
consequências se candidato A ou B vencerem as eleições?
4.
Que tipo de
mudança gostaria de vivenciar no Brasil?
Começo
respondendo a 4ª: eu quero que a gente saia do mapa da fome de novo. Quero que
as pessoas não tenham seus direitos negados, quero que a economia se
estabilize... Também quero que a corrupção acabe, óbvio, mas gostaria que me
explicassem melhor como se acaba com ela. Mas o que é mais importante em nosso
país? Os direitos humanos, a desigualdade social, acabar com a fome... Tudo
isso é mais importante.
A
violência tem aumentado, a insegurança é algo medonho que nos acompanha do acordar
ao chegar em casa novamente, depois de um dia lá fora. O mapa da violência é,
sobretudo, ainda maior sobre as minorias, as mulheres, os negros, infuos, quilombolas e grupos LGBT.
Da
educação nem se fala – as notas do Inep são ainda baixas. Contudo, não se pode
negar as melhorias e avanços. A inclusão através de políticas afirmativas que
oferece oportunidades de milhares de jovens adentrarem na educação técnica/profissionalizante
e superior.
Quando
você começa a analisar as várias mudanças ocorridas com os últimos governos e
percebe, em outros projetos de candidatos eletivos desenhando um verdadeiro
retrocesso para políticas públicas, da conquista de direitos, e da propagação da
violência e discriminação às minorias é como você enxergar o país indo ao caos
de vez.
Analise
comigo: um governante que prega homofobia, misoginia, defende a ditadura, um
parlamentar inoperante (estando deputado que teve apenas uma proposta aprovada
no Congresso Nacional), que vai contra aos direitos humanos, que é racista
(veja, um país como o Brasil que luta diariamente pelo fim da discriminação racial,
ter um governante racista é a gota!), é a favor da tortura, declaradamente, e
sim, ele também não vai cuidar da Amazônia, pretende explorá-la e entregá-la
para exploração – assim, sem respeito algum aos povos indígenas, pois é! Isso mesmo.
Não
vejo boas razões de votar no candidato, que segundo as pesquisas, está já com
sua faixa sobre o peito. E digo mais, você que tem dúvida... analise bem as
razões de votar nestes dois candidatos. Repito: são as consequências disso e
daquilo. Não estou dizendo que apague o que o Partido dos Trabalhadores fez ao
país. Estou pedindo que considere os avanços, as melhorias feitas por pessoas
que estavam a frente. Os milhões de famílias que puderam adquirir um lar, o
acesso à educação. A inclusão e igualdade visível aqui e acolá.
Peço
também que coloque no outro lado da balança o que o Bolsonaro representa: ele não
sabe falar de seus projetos, tem como sombra um economista que pretende colocar
o país ao que se vivia antes da Constituição. Ele é sinônimo de privatização.
Ele é sinônimo de retrocesso aos direitos trabalhistas, a educação, aos
direitos humanos, aos direitos de minorias, à Constituição e tantas coisas.
Sem
mais.
Pense
bem. Você pode evitar isto. Você que pretende anular o voto ou votar em branco.
Você pode evitar levar o Brasil assim... pode olhar para o outro, invés de olhar para si. A questão é representatividade, é resistência. Você pode evitar levar o Brasil assim... nessa dança de vampiros.
Pense
bem.