quinta-feira, 25 de outubro de 2018

O que a história nunca viu


Este texto foi redigido, lido e relido várias e várias vezes. Foi uma busca frenética para melhorá-lo ou tentar dizê-lo doutra forma, simples e objetivo, de modo com que chegue melhor ao leitor. Não quero que chegue a todos – não sei se estou pronta a críticas dos donos da razão, todavia, cegos de toda razoabilidade humana.
Ponho quatro questões iniciais, com elas não espero respostas, mas reflexão. Que elas não sejam também, refletidas sob o ângulo de fake news. 
1.      Você avaliou e/ou analisou criticamente os planos de governo dos candidatos à presidência?
2.      Consegue encaixá-los num plano que envolva a igualdade, equidade e dignidade de todos em nossa nação?
3.      Quais as consequências se candidato A ou B vencerem as eleições?
4.      Que tipo de mudança gostaria de vivenciar no Brasil?
Começo respondendo a 4ª: eu quero que a gente saia do mapa da fome de novo. Quero que as pessoas não tenham seus direitos negados, quero que a economia se estabilize... Também quero que a corrupção acabe, óbvio, mas gostaria que me explicassem melhor como se acaba com ela. Mas o que é mais importante em nosso país? Os direitos humanos, a desigualdade social, acabar com a fome... Tudo isso é mais importante.
A violência tem aumentado, a insegurança é algo medonho que nos acompanha do acordar ao chegar em casa novamente, depois de um dia lá fora. O mapa da violência é, sobretudo, ainda maior sobre as minorias, as mulheres, os negros, infuos, quilombolas e grupos LGBT.
Da educação nem se fala – as notas do Inep são ainda baixas. Contudo, não se pode negar as melhorias e avanços. A inclusão através de políticas afirmativas que oferece oportunidades de milhares de jovens adentrarem na educação técnica/profissionalizante e superior.
Quando você começa a analisar as várias mudanças ocorridas com os últimos governos e percebe, em outros projetos de candidatos eletivos desenhando um verdadeiro retrocesso para políticas públicas, da conquista de direitos, e da propagação da violência e discriminação às minorias é como você enxergar o país indo ao caos de vez.
Analise comigo: um governante que prega homofobia, misoginia, defende a ditadura, um parlamentar inoperante (estando deputado que teve apenas uma proposta aprovada no Congresso Nacional), que vai contra aos direitos humanos, que é racista (veja, um país como o Brasil que luta diariamente pelo fim da discriminação racial, ter um governante racista é a gota!), é a favor da tortura, declaradamente, e sim, ele também não vai cuidar da Amazônia, pretende explorá-la e entregá-la para exploração – assim, sem respeito algum aos povos indígenas, pois é! Isso mesmo.
Não vejo boas razões de votar no candidato, que segundo as pesquisas, está já com sua faixa sobre o peito. E digo mais, você que tem dúvida... analise bem as razões de votar nestes dois candidatos. Repito: são as consequências disso e daquilo. Não estou dizendo que apague o que o Partido dos Trabalhadores fez ao país. Estou pedindo que considere os avanços, as melhorias feitas por pessoas que estavam a frente. Os milhões de famílias que puderam adquirir um lar, o acesso à educação. A inclusão e igualdade visível aqui e acolá.
Peço também que coloque no outro lado da balança o que o Bolsonaro representa: ele não sabe falar de seus projetos, tem como sombra um economista que pretende colocar o país ao que se vivia antes da Constituição. Ele é sinônimo de privatização. Ele é sinônimo de retrocesso aos direitos trabalhistas, a educação, aos direitos humanos, aos direitos de minorias, à Constituição e tantas coisas.
Sem mais.
Pense bem. Você pode evitar isto. Você que pretende anular o voto ou votar em branco. Você pode evitar levar o Brasil assim... pode olhar para o outro, invés de olhar para si. A questão é representatividade, é resistência. Você pode evitar levar o Brasil assim... nessa dança de vampiros.
Pense bem.