É estranho mais o céu aqui não é o mesmo para mim. Não há estrelas que possam confortar-me ou que me encante. Ao entardecer, ele está sempre sem vida, cores nebulosas; ah e a lua, não consigo vê-la.
Talvez seja por isso que as pessoas andam tão sem sorriso, com semblante de desolação e... Quando procurei o que eu precisava eu fiquei bem melhor. Fui à praia, vi o mar, vi o céu, apesar de um pouco nublado, consegui ver a lua também.
Talvez a cidade grande só lhe sirva quando precisamos crescer. Mas o que adianta se crescermos sem vermos as coisas belas? É claro que, o conceito de “belo” diverge para cada um. Enfim, ela lhe serve para sermos sozinhos, às vezes acompanhados de pessoas que não lhe verá ou lhe acompanhará todos os dias, que lhe trará saudades de muitos que passaram por você.
A vida na cidade grande faz sentimentos desumanos e absurdos irem aos poucos se incorporando à cultura, e virarem características corriqueiras do povo. Um mendigo jogado no meio da rua, gritando de dor, não é mais motivo para que os pedestres interrompam suas caminhadas, ou se preocupem. As pessoas parecem estar cegas umas em relação às outras no meio de tanta correria.
E correndo para quê? Para trabalhar, para chegar mais cedo ao destino, para chegar... Simplesmente chegar...
Deveríamos estar correndo é para lembrarmos dos princípios e valores básicos, dos sentimentos verdadeiros, dos bons constumes, ou de contemplarmos o belo nas pequenas coisas, que deixamos a cidade grande engolir. E para resgatar alguma Utopia coletiva.