“Eu lhe
prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a
chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Num pedaço de qualquer lugar...”.
Se você vier
Até onde a gente chegar
Num pedaço de qualquer lugar...”.
No
final de nossa caminhada, vimos o arco-íris.
Muito bom, pois
posso dizer que não foi um Dia Branco. Foi tudo natural. Primeiro o receio de
vê-lo depois de tanto tempo. Amigos somente via voz (ligações de horas a fio), porque outrora, não erámos.
Ele dizia que não ficaria sem graça quando me visse. Pelo que pude perceber, ele
é que estava mais sem graça que eu! Aaiai, primeiro ao telefone, para não
perdermos a mania, nos falamos até o último instante antes de nos olharmos.
Passos longos, mas brandos;
sem pressa, com emoções. Era uma tarde de terça. A véspera de sua ida. Para
ele, eu não ligaria para encontrá-lo. Disse seguramente depois de uma mensagem,
no entanto, querendo nada dizer: “Claro que irei vê-lo. Palavra de escoteira!”.
É o tipo de amizade
que devo até ter medo de perdê-la. De tão sincera que é. A pessoa que me tira
do sério – claro no bom sentido! Como ele mesmo diz: “já tomei a liberdade
disso, daquilo”... Tomou a liberdade de me conhecer até quando nada faço ou digo.
Não conversamos mais
que quinze minutos. O silêncio esteve presente em alguns momentos. Talvez fosse
preciso. A certeza que tenho é que risos não faltaram. Outra certeza que tenho
é não saber quando nos veremos novamente. Mas o arco-íris me fará lembrar-se
daquela tarde. Pois todas as gotas de chuva refratam e refletem a luz do sol da
mesma forma, mas somente a luz de algumas delas chega ao olho do observador.
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