quarta-feira, 25 de julho de 2012

Aprendi - Charles Chaplin


Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. 
Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.

Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. 
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. 
Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. 

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. 
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

domingo, 15 de julho de 2012

Louças.


É simples assim. As louças são lavadas logo após serem usadas. Porque não preferimos os descartáveis?
Comparo tudo isto a um abraço sem emoção. Primeiro as pessoas se olham e depois disso, abraçam-se como se nenhuma presença ali fosse importante o bastante para dizer: “Poxa, que saudades!”. O ouvinte, só contesta com um sorriso. Isso é típico de pessoas que não sentem afeição.
É o receptor que nunca um emissor desejaria transmitir uma mensagem, seja ela de qual forma for. Já que sabem de fato, que depois daquele abraço – o que resta é só mais um descartável arremessado fora.
Usem louças. O planeta agradece. Abracem como nunca mais. E diga: “A vida é feita de abraços!”.



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Desmedidas.


Hoje ela queria poder dizer como disse a roubadora de livros: “o céu está azul, e tem uma nuvem grande e comprida, espichada feito uma corda. Na ponta dela, o sol parece um buraco amarelo...”. Nem se colocasse suas lentes de 1,5 no direito e esquerdo, veria o céu desta maneira. Porque por ele só, não há um pingo de nitidez, apesar de estar bem iluminado lá fora. Mas no céu, tudo parece névoa, algodãozinho, ensopados de água doce.
Mais uma olhadela e nada mudou. Está assim em todo o céu! E é o que digo para ele por sms...
Dias assim, para mim são sombrios. Dentro de casa aquela frieza, aquele ‘ar de preguiça que só te faz ficar em casa deitado, assistindo a um filme; ou então se lembrando de coisas, saudade alimentada pelo frio pode? Bom seria mesmo era, tomar um belo chocolate quente, ou não! Quente ou não, para mim sempre cairá bem, faça frio ou quando se acomete o calor.
Se ao menos pudesse voltar a ser tão distraída, a sentir tanto amor sem saber – tomando-o por engano com risos sem ritmos, ou brincadeiras fora de hora, e conversas soltas sem sentido com alguém que sempre esteve ao seu lado, mas que agora a milhas de distancia, você só pode que bom, ouvir a voz, ou trocar sms’s, quando quiser, a hora que puder. Isso é ruim quando lembrados em um dia assim, mórbido e sombrio dia nublado, nada vivo, tudo cinza. É meu Bruno, sinto saudades sim; não há mais com quem reclamar quando as minhas coisas não estão no lugar. E quem irá me ajudar a fazer o que não sei, ou quem vai me ensinar a me defender (você sabe, aqueles treinos de luta sem hora, risos)’;  A quem eu vou beliscar ou arranhar sem motivos algum...?
(...)
Desmedidas saudades. Saudades desmedidas de você.