Hoje ela queria poder dizer
como disse a roubadora de livros: “o céu está azul, e tem uma nuvem grande e
comprida, espichada feito uma corda. Na ponta dela, o sol parece um buraco
amarelo...”. Nem se colocasse suas lentes de 1,5 no direito e esquerdo, veria o
céu desta maneira. Porque por ele só, não há um pingo de nitidez, apesar de
estar bem iluminado lá fora. Mas no céu, tudo parece névoa, algodãozinho,
ensopados de água doce.
Mais uma olhadela e nada
mudou. Está assim em todo o céu! E é o que digo para ele por sms...
Dias assim, para mim são
sombrios. Dentro de casa aquela frieza, aquele ‘ar de preguiça que só te faz
ficar em casa deitado, assistindo a um filme; ou então se lembrando de coisas,
saudade alimentada pelo frio pode? Bom seria mesmo era, tomar um belo chocolate
quente, ou não! Quente ou não, para mim sempre cairá bem, faça frio ou quando
se acomete o calor.
Se ao menos pudesse voltar
a ser tão distraída, a sentir tanto amor sem saber – tomando-o por engano com
risos sem ritmos, ou brincadeiras fora de hora, e conversas soltas sem sentido
com alguém que sempre esteve ao seu lado, mas que agora a milhas de distancia,
você só pode que bom, ouvir a voz, ou trocar sms’s, quando quiser, a hora que
puder. Isso é ruim quando lembrados em um dia assim, mórbido e sombrio dia
nublado, nada vivo, tudo cinza. É meu Bruno, sinto saudades sim; não há mais
com quem reclamar quando as minhas coisas não estão no lugar. E quem irá me
ajudar a fazer o que não sei, ou quem vai me ensinar a me defender (você sabe,
aqueles treinos de luta sem hora, risos)’; A quem eu vou beliscar ou arranhar sem motivos
algum...?
(...)
Desmedidas saudades.
Saudades desmedidas de você.
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