Hoje cantei e toquei para ele.
Não,
não é porque hoje é dia dos pais! Talvez eu me culpe por não falar-lhe muitas
vezes que “o amo...” Mas falo quando já não aguento de saudades. Eu mudo isso
um dia. A mudança já está em mim.
Hoje
segundo domingo do mês de agosto, acordei, fiz a cama, banhei-me, um copo de
leite, vir para o quarto, e enfim, liguei para ele. Primeiro “Bom dia!”, depois
pedi pra cantar uma música... depois pedi para cantar novamente, com o violão.
Ele diz: “Está bem”. Depois um grande e arranhado “Feliz dia dos PAAAIS!”. Senti
em sua voz, do outro lado da linha a emoção precisa. Durante cada nota, cada
verso cantado ou dito.
Ele
me chamava de “princesa”. A história é bem velha. (risos); Era assim que meu
pai me chamava. Queria poder chama-lo de herói, mas o chamei de pai. Esta foi a
minha primeira palavra dita. A verdade é que ele ainda me chama de princesa, às
vezes um pouco oculto – mas eu sei, eu sei.
E
coloco-me agora no lugar das filhas (os) que sentem falta de um pai, e os dos
pais que sentem a falta da sua princesa ou dos seus príncipes. Reconheço meu
grande amor a cada dia que estou distante dos meus amados. A cada “Até logo!”,
um “te amo”. E então as saudades aumentam mais ainda.
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