Descobri
que o meu limite - à saudade é de somente trinta dias contados. ‘
Eu
já não suportava mais. Precisava do abraço, do olhar, do toque que me renova.
Eu sei que posso imaginar tudo, mas não é o bastante. Não me imaginária
suportando tanto tempo longe dos meus laços – a minha família.
Nada
como uma viagem “un poquito” cansativa, mas enfim chegar em casa. Dá aquele
abraço apertado de outrora e ouvir os miados dos meus bichanos a me olharem.
Passar alguns dias em casa me renova assim como um belo baton em dias de
saudades e cantar e tocar violão...
O café da
manhã sentada à mesa com a minha mãe, os risos exagerados a alguma
brincadeirinha dela; esperar o meu pai chegar para o almoço... Desde os gritos
da minha mãe a chamar os bichanos para almoçarem também; deitar no chão da sala
ao lado dela para tirarmos um cochilo... E as nossas caminhadas na noite
olhando para o céu a procurar a mais brilhante estrela; Saudades assim,
alimentadas por telefonemas, a olhos fechados para que eu viva melhor cada
palavra dita e absorvida, porque no silêncio eu bem sei o que eu ou ela estar a
falar... Não quero passar tanto tempo assim sem puder estar ao lado deles, a
minha base, o meu laço profundo, meus amados – meus pais.
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