quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Monomania'


"(...)Se juntar cada verso meu
                       
e comparar vai dar pra ver
               
Tem mais você que nota Dó..."

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Seu aniversário!


Hoje é o seu aniversário, eu ligo cobrando o meu livro! Quem mandou você me da este vício?!

(...) Diria que o primeiro homem que me ensinara o que é saborear um livro. Devorá-lo aprendi com a prática. Deitados na cama, ou encostados em qualquer lugar - líamos por horas. Lembro-me que o aguardava ao chegar da faculdade; primeiro, fazia perguntas das quais acreditava que não entenderia a resposta, talvez. Contudo mesmo assim ainda perguntava: “o que fez hoje? Algum novo texto?” Não sei quantos, mas lemos muitos textos juntos. Alguns reflexivos, outros com bastante empolgação. Hoje, está sempre me presenteando com um novo Livro. Ele ainda vem a meu quarto, me ver lendo e fica ao meu lado, querendo adivinhar o que meus olhos veem. De súbito, fica ali, pertinho, até que eu o chame para ler um pouco para mim. E isso me basta. Porque, confesso que todas às vezes meus olhos derretem como prata mole, ao lembrar-me de muitas coisas boas.

(...)
 Felicidades meu irmão, Jânio Roberto! 

No trem da vida...


Seria como uma viagem de trem? De repente estou ali parada, passam às estações, pessoas se acomodam ao meu derredor – o que devo fazer? Conviver. Convivências. A vida é feita de mudanças, de adaptações, de conhecimento, sonhos. Maturação.
Nossa vida não é resumo, que se limita. Ou você assume que tudo são experiências, e que tudo há um valor, ou você poderá não resistir e ficar ali, em alguma daquelas estações em que o trem passar. Nossa viagem começa logo quando abrimos os olhos e chegamos então à vida. Absorvo coisas, vejo coisas, apreendemos algumas. Ás vezes vistas como necessárias, outras até postas a nós. E então aprendemos que existem valores a serem respeitados, são estabelecidos. Alguns acatados por nós mesmo; até que chega o momento em que haverá estações em que me sentirei sozinha – que há respostas a serem dadas por mim, e que só por mim serão válidas, porque são decisões, escolhas.
Mas, como um trilho que parece sempre infinito, tudo é finito. A vida pelo menos. No entanto, nela conhecemos coisas que são verdadeiramente infinitos: o amor? Sim, o amor. Ele que nos da a certeza de que se o conhecemos podemos tudo. Mesmo que uma estação brilhe para nós e nos chame para ficar ali e não continuarmos. Poderemos resistir se o temos.
Contudo, há algo bom nestas estações. As chances que elas nos da de conhecer pessoas. Talvez anjos, por assim dizer. Seja qual for o momento, sejam quais forem as diferenças entre nós. As estações nos mostram pessoas que podem até brilhar e nos da algum brilho encantador, ou até mesmo nos mostrar o brilho que temos. E então viveremos momentos inesquecíveis e insubstituíveis com cada um destes. E guardaremos em nossa mala tudo isso. Porque quando aprendemos nesta convivência veremos que ao passar de cada estação, se vai um pouco de mim nestas pessoas, e ficará um pouco delas comigo.
Pois a estação nos vem lembrar que o “pra sempre”, sempre acaba. E então seguiremos com mais determinação ainda, em busca de mais tesouros por este trem da vida. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A arte de ser feliz - Cecília Meireles


Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Aquele, cheio de manias malucas'


Eu achei mesmo que o teria comigo todos os dias, ao meu lado, implicando ou ainda se amando!
Nosso amor não era normal, a Mãe sempre falava quando eu ia reclamar de você: “Ah, deixa! É porque ele te ama muito, dai não te deixa quieta.” Ela achava que aquilo iria impedir que eu voltasse a ‘enredar’ de novo. E parece que era bem assim mesmo.  (Risos’)
Lembra, quando os vizinhos nos via na rua, e falavam: “menina, vocês se amam de mais hein?! Lá de casa dava pra escutar você gritando o nome do BRUNO...!” Aiai, parece que fazíamos de propósito... Só para ouvir comentários desse tipo.
Sempre fomos grudados, parece que nascemos “gêmunos”, sempre falávamos assim quando estava próximo do meu aniversário: “vamos ficar ‘gêmunos’ agora, né?” e tudo que eu pensava eu perguntava se você pensava o mesmo! E tu sempre concordava...
Lembra quando ficávamos ouvindo música deitados na cama? Eu coladinha em você... E você falando: “chega pra lá menina feia”! ’’ É você era durinho... Sempre fora! Dava-me um beijo na bochecha a força!
Mas pra quem não sabe, ele é o irmão mais cuidadoso desse mundo! Não importa o que acontecesse, ele me defenderia! Ah, e também o mais ciumento! Na escola, ele fingia que nem me conhecia, para evitar certos tipos de comentários! Pode uma coisa dessas?!
Sinto saudades de andar de moto com você, agarrada a tua cintura! Você sabe que só confio em você, para virar aquele velocímetro... Sinto saudades das suas manias malucas de perguntar “quantos não sei o que tem aqui”? (podia ser com qualquer coisa - os risquinhos dos códigos de barra das embalagens, ou os dentes do garfo, ou os palitos de dente dentro da caixinha...) Pois é, é cada mania!
Quando vou para casa dos nossos pais, eu fico lá no quarto lembrando-se de quando brincávamos de rádio, você lá no seu quarto, e eu no meu; dai começávamos falando: “Olá! Boa tarde, qual seu nome... (risos’) e os nomes que você inventava, e dai pedia uma música, e eu colocava no meu celular... Aquilo era de mais... Até o momento em que você adormecia e eu ficava gritando lá do quarto, sozinha.
Sinto saudades, hoje no seu aniversário, ontem quando brigamos no celular ou ano passado quando eu estava coladinha a ti nesta mesma data...’ Sinto saudades de tudo em você! Meu amado irmãozinho!
FELIZ ANIVERSÁRIO! TODOS OS DIAS VOCÊ ESTÁ EM MINHAS ORAÇÕES... DEUS O ABENÇOE, HOJE E SEMPRE!
Amo-te, meu Bruno.