Seria
como uma viagem de trem? De repente estou ali parada, passam às estações,
pessoas se acomodam ao meu derredor – o que devo fazer? Conviver. Convivências.
A vida é feita de mudanças, de adaptações, de conhecimento, sonhos. Maturação.
Nossa
vida não é resumo, que se limita. Ou você assume que tudo são experiências, e
que tudo há um valor, ou você poderá não resistir e ficar ali, em alguma
daquelas estações em que o trem passar. Nossa viagem começa logo quando abrimos
os olhos e chegamos então à vida. Absorvo coisas, vejo coisas, apreendemos
algumas. Ás vezes vistas como necessárias, outras até postas a nós. E então
aprendemos que existem valores a serem respeitados, são estabelecidos. Alguns
acatados por nós mesmo; até que chega o momento em que haverá estações em que
me sentirei sozinha – que há respostas a serem dadas por mim, e que só por mim
serão válidas, porque são decisões, escolhas.
Mas,
como um trilho que parece sempre infinito, tudo é finito. A vida pelo menos. No
entanto, nela conhecemos coisas que são verdadeiramente infinitos: o amor? Sim,
o amor. Ele que nos da a certeza de que se o conhecemos podemos tudo. Mesmo que
uma estação brilhe para nós e nos chame para ficar ali e não continuarmos.
Poderemos resistir se o temos.
Contudo,
há algo bom nestas estações. As chances que elas nos da de conhecer pessoas.
Talvez anjos, por assim dizer. Seja qual for o momento, sejam quais forem as
diferenças entre nós. As estações nos mostram pessoas que podem até brilhar e
nos da algum brilho encantador, ou até mesmo nos mostrar o brilho que temos. E
então viveremos momentos inesquecíveis e insubstituíveis com cada um destes. E
guardaremos em nossa mala tudo isso. Porque quando aprendemos nesta convivência
veremos que ao passar de cada estação, se vai um pouco de mim nestas pessoas, e
ficará um pouco delas comigo.
Pois
a estação nos vem lembrar que o “pra sempre”, sempre acaba. E então seguiremos
com mais determinação ainda, em busca de mais tesouros por este trem da vida.
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