terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

deixe-nos ser!

            Um turbilhão de ideias malucas e sentimentais o bastante para nos fazer chorar sem motivo algum, aparente. O que queremos nestas horas é pensar seriamente quais motivos nos levam mesmo a ficar assim? Ah, não nos venham dizer que são somente os hormônios, porque não deve ser a toa que muitas situações só acontecem ou afloram nestes dias!
            E dizem ainda ter tratamento para isto: são quatro fases da TPM... E nossa, para mim, não há pior momento, que aquele em que as pessoas ao nosso redor não entendem o que se passa conosco e passam a nos julgar – seja como fracas ou sensíveis demais, demasiadamente insuportáveis! E já falam logo ‘só pode tá na TPM!’
            Se há uma fase boa, é aquela em que sentimos uma vontade louca de comer chocolate! Nossa, eu amo isso! Se tem leite condensado no armário, corro e faço um brigadeiro de panela; se estou sem isso, exijo um Baton a qualquer hora! (risos’), não quero nem saber de dieta ou açúcar! Eu só quero o meu chocolate!
            É lamentável as discussões nestes períodos em que estamos sensíveis. Nossa...! Quando sei que me chateio demais ou que estou frágil a qualquer coisa ou julgamento crítico, já sei. Ou melhor, não há como evitar, ficamos chorosas e ah! Vocês sabem... desabo logo.
Noutro dia, eu estava numa ligação (meu namorado e eu), e, nossa – estávamos conversando sobre irmos almoçar fora. Eu me chateei por algo muito simples. Não queria voltar sozinha para casa... Não queria passar só 1 hora com ele, somente àquela hora do almoço e, então decidi não ir! (Minha desculpa não foi somente essa, nós dois tínhamos coisas a serem feitas – estudar e enfim, devíamos mesmo não nos ver naquele dia). Mas discutimos, porque ele disse que eu queria que as coisas fossem somente da minha maneira, e enfim, me despedi e desliguei o telefone. Mas não sei como, a ligação voltou (desliguei e redisquei, sem perceber) e naquele momento... Ah! Eu estava a chorar e a me perguntar por que é tão difícil?! (risos)’ por que era tão difícil controlar isso, por que eu complicava tanto as coisas... E me mutilava por aquilo e muitas outras coisas...  O CELULAR ESTAVA LIGADO E ELE OUVIA TUDO! Eu voltei à ligação e fingi que nada tinha acontecido. Ele ouviu tudo e ‘perguntou o que estava acontecendo?’
– Não é nada! Não é NADA!
– Eu ouvi você chorando, ele disse.
O bom disso tudo é quando compreendem esta fase. E simplesmente nos apoiam. Acho que não precisamos anunciar: ‘me entendam e me aceitem assim, estou numa fase!’ Nada disso... Que entendam e aceitem quando estamos assim!
Lya Luft diz na Canção das Mulheres: “Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!”
E ainda,
“Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.”
            Já não bastasse isso, tem as dores! E elas vêm de diversas formas... Cabeça, pernas, e a temível cólica!
            E ainda, aquele momento em que estamos mesmo estressadas e nos chateamos por coisinhas...

Não sei o que me motivou escrever sobre isso, mas eu quis expressar ou desabafar um pouco da mente de uma adolescente/mulher. Passamos todas por isto.

E se você que está lendo, é um homem, por favor, por obséquio, por gentileza, ‘please’ mesmo: pensem nisso... Não queremos que tudo seja assim tão complicado para nós e às vezes, aborrecedor para vocês, mas por alguma razão universal, interestelar ou mundial o é.

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