sábado, 28 de novembro de 2015

50% - Resenha

O filme 50% conta a trama de um jovem-adulto, Adam, que descobre ter um certo tipo de câncer raro - tumor na coluna. Adam é escritor em um jornal, tem uma namorada artista e um amigo bem, bem alto astral. Adam tenta se conformar com a notícia, apesar de nunca beber, fumar ou fazer qualquer outra atividade nociva a saúde. Tenta levar sua vida como qualquer outra pessoa que tem 27 anos, apesar do câncer. 
Seus amigos e família o apoiam. A namorada de Adam, no início tenta ficar a seu lado, mas o trai. E, graças a seu amigo Kile, ele a deixa quando descobre que ela estava com outra pessoa.
O filme não é só mais um daqueles que nos faz chorar com cenas dramáticas ou coisas do tipo. Vi no filme algumas situações é claro, que nos faz pensar, refletir, lembrar de pessoas próximas que já se foram, seja por um câncer ou outra doença.
E a gente se pergunta, mais e mais uma vez, por quê coisas assim devem acontecer?
Vi também situações como aqueles profissionais que tem o dever de cuidar e simplesmente não conseguem fazer. Na cena que Adam vai ao médico saber dos resultados dos exames - o médico começa a falar e falar... Nem ao menos olhou para ele. E podemos perceber o quão "desumanizada" é a classe, que por muitas vezes não são treinadas para lidar com sentimentos ou da arte de confortar. Acolher o paciente com atendimento humanizado, onde se escuta e o faz compreender a real situação, sem torná-lo ameaçador ou desesperador.
Adam conheceu uma terapeuta, Katerine,que o ajudou muito, pelo menos tenta. Adam desconfia de sua competência, por ela ser nova (24) ele perguntou sua idade na primeira consulta.
Mas é interessante a relação entre os dois... A terapia o ajudou, as conversas a confiança entre profissional e paciente é fascinante!
Sobre seu amigo, é lindo enxergar o amor entre os dois. O cuidado que ele tem com Adam e o empenho e compromisso quando ele passa a fazer parte do seu dia a dia em consultas, caminhadas e até nas farras noturnas para "levantar o astral"!
Tem uma cena que o Adam vai a casa do Kile e ver um livro chamado "Unidos contra o câncer" - um livro mais de autoajuda para familiares ou amigos que convivem com pessoas com câncer. Adam então percebe que tem que lutar contra a doença.
Contudo, há momentos que Adam também se entrega ao cansaço e ao medo de morrer. Ele perdeu um dos amigos que conheceu nas sessões de quimioterapia.
Adam precisa realizar a cirurgia e as chances são poucas - a cirurgia é de risco. Adam se desespera e quer desistir (cena que ele e Kile está no carro e ele quer dirigir, Adam entra na contramão e os dois discutem) 
Adam liga para sua terapeuta e eles trocam palavras de conforto e de esperança. Não se viam ali como profissional e paciente, falavam como amigos.
É importante relatar a aproximação que Adam passa a ter com sua família. O pai de Adam tem mal de alzheimer e sua mãe vivia para cuidar dele. No início da descoberta do câncer ela queria morar com o filho, mas ele não aceita. Ela, assim como Kile, também começa a participar de grupos de autoajuda de pais que tem filhos em tratamento contra o câncer. Quando Adam descobre, ele percebe o quanto não dava atenção a sua mãe e a vida que ela tinha, tampouco como ela estava em relação a tudo que estava acontecendo.
A cirurgia de Adam ocorreu tudo bem, apesar de algumas complicações que tornaria sua recuperação delicada. Com o apoio da família e de Kile, Adam aos poucos se recupera. 
O filme termina num encontro entre sua amiga terapeuta, Katerine - eles começam a namorar.

Não houve final triste. Muitos filmes onde há pessoas doentes, terminam com morte.
Meu namorado sempre reclama dos meus gostos para filmes. Ele fala que eu só gosto de filmes tristes que me fazem chorar. Ah, se ele visse este!

Foi um bom filme. Teve superação. Teve cura. É baseada em uma história real. 
Filmes assim, nos fazem mais ainda acreditar no milagre, no amor entre as pessoas. Na união, na fraternidade entre amigos, no companheirismo entre Adam e seu cachorro e, por fim, no amor incondicional entre pais e filhos.
Adam, antes da cirurgia fala com seu pai, que devido sua enfermidade, nunca o reconhece. "Pai, sei que o senhor não lembra de mim, mas sou seu filho e eu te amo".

É sim, uma linda história. Um belo filme.


Um comentário:

Unknown disse...

Que lindo Eli!
Amo filmes assim e adorei a indicação, irei assistir se souber de muitos outros irei adorar.
Parabéns pelo seu blog está encantador.
Bjs
Mariane Moreira