sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Luz


Não é difícil ver a luz.
Falava-me de uma luz no fim do túnel, retruquei dizendo que não a vejo, mas que sinto. Sinto em mim, dentro de mim - toda vez que ouso desviar o olhar, a atenção ou até quando vem o medo aí ela emana. Dizem que a luz a gente busca - creio que ela está em nós. Não é algo que se conquista, se procura... Acredite, você é luz. 
A luz que faltava nos sonhos, naquele medo do mais bobo ao mais real, na desilusão, na angústia e, na fé, sobretudo.
Que eu seja luz, que tu sejas luz, sejamos nós a luz que falta nas coisas, no outro, no mundo todinho. 
Porque a nós... ela já foi dada (é obra do Criador).


domingo, 18 de fevereiro de 2018

Felicidade

E todo dia, a gente vê coisinhas pequenas que por vezes peleja para nos abalar. Então você lembra daquele propósito, seja aquele feito na virada do novo ano, ou promessas, até mesmo os objetivos diários que fazemos ao acordar: "hoje serei feliz, nada vai me abalar".
O que mais te abala? 
São pessoas que falam demais;
são pessoas que te olham torto; são os sonhos distantes que parecem inalcançáveis; é a pedra no sapato - aquilo que você há tempo tenta se libertar...? São inúmeras coisas, eu sei.
Tod@s temos dificuldades e barreiras, eu sei.
Mas, qual a sua força?
O que te realmente te move?
Sei que tu és capaz/eu sou capaz de seguir adiante - olhando firme. Sendo eu mesma e melhor a cada dia naquilo que me move - enfrentando os medos e dificuldades. Enfrentando as pedras, os olhares, os não's, a negatividade ao meu redor. 
Eu posso. Tu podes. Podemos ser - a felicidade está em mim e está também em você.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Hit do amor

   
Falava desses carnavais como se conta um conto ou uma crônica. Como assunto mal ou bem contado: dizia que a felicidade acompanhou em quatro dias ou quase uma semana e, que deixou saudades, aquela alegria.
Observou como quem ver e vive aquela marchinha ou aquele pancadão, e via graça nas fantasias de quem sem vergonha alguma, mostrou-se por inteiro e quase que sem máscaras/fantasia alguma por inteiro se mostrou.
Há quem diga que o ano começará agora, pós carnaval.
Há quem já espera pelas festas juninas e feriados.
Há quem já planeja uma nova saideira, só para rever os “amigos” daquele carnaval inesquecível.

Você viu e/ou acompanhou os noticiários desses últimos dias? As escolas, uma em especial, fez um protesto diferente: falou de corrupção enquanto sambava pela avenida. Levou o discurso político no viés da arte. Mostrou a violência que assola todo país, no propósito de recuperar o espírito crítico de uma plateia que assistia e aplaudia.
Algumas cidades, coloridas de carnavalescos – animadas estavam em demonstrar a arte, ou o protesto, a denúncia. Teve quem ousou imitar os grandes artistas e frases bizarras, irônicas e até engraçadas.
Houve quem ousou chamar de música e repetiam sem demora aquele novo som "que tiro foi esse; e um tal de “sentar, sentar, devagar..." como a aquele hit da Lacraia, Cadê Dalila, Toda boa, Praieiro, Coração, Maimbê Dandá, Cabelo raspadinho, Kuduro, Arere, Ai se eu te pego, A dança do vampiro, Amor de chocolate, Rebolation, Aquele 1%, Mila, Liga da justiça, Bate lata, Dandalunda, Lepo lepo, Água mineral... será passageiro. Menos mal...
Continuemos com a música, deixemos os hits de carnaval durar e passar. Já basta a Anita e a Pablo com um hit a cada semana.
Lembra dos amores de carnaval? Há quem diga que encontrou o amor da vida bem lá! Isso é bom, ao menos algo duradouro daqueles dias incansáveis de só folia.
Há ainda, aqueles que se decepcionaram e reviveram o amor do passado, ali mesmo no carnaval. Ou foi de um olhar por cima, ou de trocas de mensagens de longe. Mas tinha aqueles que reviveram uma aventura e não se arrependeram.
Você viu os Stories do Instagram? Vi alguns dos que diziam não gostar do carnaval. Muitos com a felicidade estampada no rosto por estar vivendo intensamente cada dia de carnaval. Outros falavam que a Netflix e pipoca com brigadeiro estavam sendo a melhor companhia para aquele feriado bonito.
Teve gente, que banho de chuva tomou. Outros que produziram e estudaram bem mais que qualquer outro período (extra carnaval, feriado etc e tal).
Outros preferiram a calmaria do encontro com Deus, num retiro espiritual - longe do barulho e da folia alheia. E foram felizes e propagaram também isso nos Stories de suas Redes Sociais.
Houve também aqueles que trabalharam, como qualquer outro dia - sim, não teve àquela folguinha... Mas sobreviveram.
Alguns encontraram refúgio num abraço. No carinho acumulado e na saudade desmedida. Aproveitou a calmaria de que a oportunidade dera e foi feliz, fez a felicidade transparente e reinante.
Como quem conta a hora para o trem passar – fez morada num cobertor, com a companhia do chá gelado, pizza, café e um benzinho para amar.
E, desses episódios de carnavais, todos têm algo a falar, estou aberta a escutar –
as estórias e causos que, é claro, são sempre e sempre únicas de um Carnaval.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Saiba

Sabe das surpresas boas que a vida lhe traz? Como que aquele fim de tardinha quando você na casa da sua vó está e, ela começa te encher de mimos, doces e afagos... É feito arco-íris numa chuva ou quase chuva. A vida as vezes lhe prega uma peça de LEGO no mais perfeito encaixe porquê de repente, você conhece pessoas incríveis que lhe ensina que na distância também se é possível segurar o laço!
Quando percebi já ensaiava, em vão como que numa peça escrita a dedo, como agiria quando o encontrasse. Aquele esforço sobre-humano para que eu aparentasse mais serena possível. E, de tanto ensaiar pouco fiz ou falei. Mas foi o suficiente. Pude te ouvir.
Ele nem imagina que, depois de vê-lo, eu relembrava cada detalhe da conversa, do caminho que que seus olhos cor verde-avelã percorreram, cada movimento, cada vírgula da sua fala.
Relembrar também é uma forma de senti-lo, porque a certeza que tenho é que a distância, o tempo, a correria do dia a dia pode embaçar isto.
Uma das lembranças mais vivas – os olhos gigantes, que quando fechados - era só calmaria naquele ser. Sabe, eu queria “conhecer o lugar onde os seus sonhos moravam para poder acordá-los, vez ou outra, quando adormecessem” e perguntar o que tu viu, o que pensavas (mesmo não sendo nada; mesmo só sendo bobagens ou um pensamento de casa, dos amigos, dos mais próximos.) Quero que essa lembrança esteja sempre viva comigo.
Naquela noite, que já era Lua cheia, não sabia o que brilhava mais, se a lua ou se seus olhos, porque foi tão bonito ouvi-lo falar de seu fascínio por Lucina e do que o satélite secundário representa para você.  E eu preciso dizer, que na sua fala, no seu olhar há algo que é bonito e inconfundível com a alegria. ‘De vida abraçada. De chuva quando beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu diz estrelas. Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom’.
Tê-lo tão perto e tão aberto a conversar, a falar de seus sonhos, de suas ideias, foi como que me sentisse no seu mundo. Em algumas vezes, vi sua alma gritando por liberdade e achei que aquilo fosse algo sério. Eu entendo o medo da rejeição. Já senti isso, moço. O medo de não ser compreendido pelas ideias e pelo jeito de pensar e agir.
Mas, se tem algo que precisas fazer é não esquecer de sua essência e daquilo que te deixa vivo! Eu falo daquilo que nos dá o mínimo motivo para sorrir, estar alegre, sentir-se alegre. Eu posso até dizer que a fé e o seu jeito de falar de Deus é algo fantástico! E, eu digo ainda, que talvez não falte muito para você se encontrar – talvez apenas deixar de lado essa presa e essa capa que tenta cobrir seu brilho: medo da rejeição por mostrar-se quem é, e a falta de motivação própria para esbanjar sua sensibilidade e luz por ai com aquilo que sabes fazer.
São poucas as pessoas que reconhecem o sol, a lua, as flores, o azul-verde-rosa-amarelo- lilás no fim da tarde, lá no horizonte. São poucos também que conseguem falar de seu dia a dia sem encher-se de orgulho ou soberba, todavia ser poeta e amante da simplicidade enxergada em cada coisa através da arte.
Em cada ato de um passante que nos olha e diz: vá devagar, mas não pare. Ou, de uma criança, que diz sem nada dizer: sorria, pois dias melhores virão. Ou ainda, de um idoso que te fala: você precisa viver – eu vivi, talvez não tenha feito de tudo, mas fiz tudo que me fizesse sentir-se vivo.
Tu que gosta de ficção científica, o grande autor Brian Aldiss te diz agora: “há dois tipos de escritores: aqueles que fazem você pensar e aqueles que fazem você sonhar”. Sei que já sabes qual o seu.

Ah, só mais uma coisa... gente de coração gigante é como agulha no palheiro – quem encontrou na vida... já sabe.

Harmonia

De que, às vezes, para se reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que sejam, não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta do quanto somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso coração. De que o nosso coração é essencialmente puro. Essencialmente, amoroso, o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no território das formas. De que, sabedores ou não, é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de Deus. E, vez ou outra, quando em plena comunhão criativa, entra lá, pega uma muda de planta e traz para fazê-la florescer no canteiro do mundo.