sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Hit do amor

   
Falava desses carnavais como se conta um conto ou uma crônica. Como assunto mal ou bem contado: dizia que a felicidade acompanhou em quatro dias ou quase uma semana e, que deixou saudades, aquela alegria.
Observou como quem ver e vive aquela marchinha ou aquele pancadão, e via graça nas fantasias de quem sem vergonha alguma, mostrou-se por inteiro e quase que sem máscaras/fantasia alguma por inteiro se mostrou.
Há quem diga que o ano começará agora, pós carnaval.
Há quem já espera pelas festas juninas e feriados.
Há quem já planeja uma nova saideira, só para rever os “amigos” daquele carnaval inesquecível.

Você viu e/ou acompanhou os noticiários desses últimos dias? As escolas, uma em especial, fez um protesto diferente: falou de corrupção enquanto sambava pela avenida. Levou o discurso político no viés da arte. Mostrou a violência que assola todo país, no propósito de recuperar o espírito crítico de uma plateia que assistia e aplaudia.
Algumas cidades, coloridas de carnavalescos – animadas estavam em demonstrar a arte, ou o protesto, a denúncia. Teve quem ousou imitar os grandes artistas e frases bizarras, irônicas e até engraçadas.
Houve quem ousou chamar de música e repetiam sem demora aquele novo som "que tiro foi esse; e um tal de “sentar, sentar, devagar..." como a aquele hit da Lacraia, Cadê Dalila, Toda boa, Praieiro, Coração, Maimbê Dandá, Cabelo raspadinho, Kuduro, Arere, Ai se eu te pego, A dança do vampiro, Amor de chocolate, Rebolation, Aquele 1%, Mila, Liga da justiça, Bate lata, Dandalunda, Lepo lepo, Água mineral... será passageiro. Menos mal...
Continuemos com a música, deixemos os hits de carnaval durar e passar. Já basta a Anita e a Pablo com um hit a cada semana.
Lembra dos amores de carnaval? Há quem diga que encontrou o amor da vida bem lá! Isso é bom, ao menos algo duradouro daqueles dias incansáveis de só folia.
Há ainda, aqueles que se decepcionaram e reviveram o amor do passado, ali mesmo no carnaval. Ou foi de um olhar por cima, ou de trocas de mensagens de longe. Mas tinha aqueles que reviveram uma aventura e não se arrependeram.
Você viu os Stories do Instagram? Vi alguns dos que diziam não gostar do carnaval. Muitos com a felicidade estampada no rosto por estar vivendo intensamente cada dia de carnaval. Outros falavam que a Netflix e pipoca com brigadeiro estavam sendo a melhor companhia para aquele feriado bonito.
Teve gente, que banho de chuva tomou. Outros que produziram e estudaram bem mais que qualquer outro período (extra carnaval, feriado etc e tal).
Outros preferiram a calmaria do encontro com Deus, num retiro espiritual - longe do barulho e da folia alheia. E foram felizes e propagaram também isso nos Stories de suas Redes Sociais.
Houve também aqueles que trabalharam, como qualquer outro dia - sim, não teve àquela folguinha... Mas sobreviveram.
Alguns encontraram refúgio num abraço. No carinho acumulado e na saudade desmedida. Aproveitou a calmaria de que a oportunidade dera e foi feliz, fez a felicidade transparente e reinante.
Como quem conta a hora para o trem passar – fez morada num cobertor, com a companhia do chá gelado, pizza, café e um benzinho para amar.
E, desses episódios de carnavais, todos têm algo a falar, estou aberta a escutar –
as estórias e causos que, é claro, são sempre e sempre únicas de um Carnaval.

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