Foi no corre-corre que vi a imensa dosagem
de solidão, da qual eu precisava.
Queria fugir da calmaria, e, vi ilusão do
outro lado da janela.
Vi meu equilíbrio chegar e pousar em mim
quando olhei para dentro. Dentro de mim mesma.
Te disse que ontem fiz caminhada? Pois
bem, voltei.
Vi as coisas de outro ângulo – enxerguei
as coisas que estavam à vista - fui mais longe e me transportei ao eu: o medo,
a escuridão, as alegrias contidas as sombras, as coisas caladas, os pensamentos
nada soltos agora. Livres deles. Ou eles de mim.
Queria entender o céu lá fora – mas nem
entendo as nuvens cá dentro de mim. Quem dera fossem feito gotas de chuva
refletidas a luz do sol que chegam a estas gotículas de chuva e ai aquele
encanto, sim o arco-íris.
Chegam e vão. Vão e voltam. Encanto – sim,
a ação do encantar a quem olha seja quem for, do mais apático ao meninote que brinca lá no campo.
Veja, só de imaginar perdi o foco. Eu
falava das coisas dentro de nós – os pensamentos, as incertezas, o medo. Sabe
àquela luz, a do sol? Vê a sua também – vejo a minha quando olho para dentro de
mim. Quando volto a acreditar e olhar para dentro, como que uma introspecção.
Isso!
1º Cala-te. Tenta silenciar aqui/ai – dentro de
nós;
2º Olha para si, como quem vê arco-íris.
Só olha. É possível atingir a alma, a calma senti-la mesmo;
3º Não pensa em nada. Esvazie-se de si, de
tudo, de toda e qualquer coisa;
A intenção é não pensar nada (aos poucos e com prática conseguimos isto). Nada dizer.
Apenas ser. Estar.
A intenção mesmo é encontrar o equilíbrio –
dizem que ele fica no coração.
Escuta-o. Sinta-o. Tente sentir o
movimento de seus órgãos/ a respiração, as veias que bombeiam e te fazem ser e
estar neste plano.
Vá longe. Não pense. Apenas sinta.
1, 2, 3, 4, 5, 6... Não precisa contar. Não seja uma bomba relógio
que tem prazo. Apenas sinta. Viva.
Quando fazemos isto, não vemos o medo, a
escuridão, as sombras. Eles fogem. Eles têm medo de nós, porque percebem nossa
atenção e busca pela alma nossa; aos silêncios de nós.
Viu a luz? Está em ti. Emane-a.
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