Ele me conta a cada vinda, uma história. Quando ele
fala é como se estivesse vivendo aquilo novamente; as lembranças não são apenas
simples lembranças de momentos bons contados por ele, é como se ele vivesse
aquilo e estivesse me levando para lá, os momentos com a sua mãe, junto às palavras que saem como um
novo broto.
Hoje me falara, da árvore de Natal! Não era uma
simples árvore dizia ele... Havia um presépio também – um presépio que tinha
vida! É a cada dia ele estava diferente, o cenário ganhava movimento. As bolas
de sua árvore eram lindas, brilhantes e enormes, frágeis como cristal,
encantadoras! Havia presentes ao pé da árvore. Maravilhava a muitos daquela
cidade. O brilho, a dedicação, o prazer em enfeitar a sua casa... Ele recorda e
olha para longe, e vive mais uma vez aqueles luminosos, belos, pulcros,
brilhantes, alegres, bonitos momentos, e o filme passa em sua mente chegando
até a transporta-me para lá, porque ele fala com a alma cheia de emoção, verdade e
encanto.
Suas
recordações não são somente cheias de saudades, são repletas da certeza de que
sempre A’ teve com ele. De que nunca
a esquecera e perdera. Sua mãe
simplesmente está viva nele, é claro em seu sorriso e em seu olhar.