sábado, 11 de janeiro de 2014

Questão de Tempo - Resenha

E se você pudesse ter a sorte ou o poder de voltar no tempo, seja para um momento que você quisesse fazer diferente ou reviver aquilo novamente ou até mesmo para salvar alguém de algo muito ruim...? Como você assumiria tal responsabilidade? Como você planejaria sua vida?
O filme “Questão de tempo” trás a tona alguns conceitos reais e seguros que vivemos e nem percebemos. Um filme cativante, meio dramático e romântico. É claro, afeto não falta nos textos do Richard Curtis, roteirista de ‘simplesmente amor’ e tantos outros. Em sua nova criação não foi nada diferente de um bom filme de comédia romântica deveras agradável com elementos adjuvantes na abordagem de temas profundos da existência humana.
Na trama, Tim é um rapaz que tem dificuldades em conseguir namoradas. Numa cena de fim de ano, Tim não consegue fazer o que todos estavam a fazer, beijar uma garota. Sente-se constrangido vendo todos fazendo aquilo e ele sozinho ao lado de uma garota que ao certo esperava mais que um aperto de mão naquela virada de ano. Sua vida muda quando o seu pai conta o segredo dos homens de sua família – um segredo que até seus vinte e um anos, não deveria saber. Todos da linhagem de seu pai e (do sexo masculino) podiam viajar no tempo, para o passado. Claro, de imediato ele não acredita. Ele só deveria ir a um local escuro fechar os olhos e as mãos com bastante força e pensar onde queria voltar. E de imediato ele voltou à noite de ano novo. E fez tudo diferente, beijou a garota!
Voltou ao seu pai e quis saber como aquilo era possível! Seu pai aproveitou todo este tempo para ler quantos livros pudesse! E leu todos duas vezes... Tim queria usufruir deste poder para arranjar uma namorada.
             Tim aproveitou o quanto pôde! Ensaiou reensaiou cada momento que ele, com certeza, até então não aprendera a levar como único.
Tim ajudou pessoas, como o amigo de seu pai, o qual passou a morar com ele em outra cidade, quando completou vinte e um anos. Fez com que sua Peça de teatro fosse às mil maravilhas e aplaudida de pé por todos. Mas ao fazer isso, volta no tempo, deixou de seguir em frente e afastou-se de uma pessoa que havia conhecido num bar às escuras, na mesma noite do show no Teatro. E, a partir do momento que ele voltou à cena da peça, apagou toda a noite naquele bar, até mesmo o número da suposta namorada de seu celular!
Tim volta no tempo e reconstrói buscando cada detalhe encontrar novamente Mary, a garota por quem se apaixonara. Veja, após reencontrar Mary e saber que ela não lembra mais dele, ou melhor, nunca o vira antes, ele descobre que ela tem um namorado. Com audácia, busca saber quando, como e onde o casal se conheceu. Tim volta no tempo e entra em cena! Rouba à garota daquela festa, assim como seu coração daquele que outrora era seu namorado ou que supostamente seria. É intrigante toda esta trama, Tim reconstrói toda sua história de amor a partir de então. Apaixonam-se e passam a viverem grandes momentos juntos! Foi hilário o dia em que ele conheceu a família da Mary! Comédia total!
Mary também vai à casa dos familiares do Tim. Onde dão a notícia do casamento e que também estavam esperando um bebê.
Há um pouco de drama no filme, quando Tim salva sua irmã de um acidente de carro. Kety é uma adolescente problemática e que tem um namorado bem mais problemático. Após uma briga entre eles, ela muito bêbada bate o carro. Tim volta no tempo e consegue livrá-la doo acidente. No entanto, quando volta para casa descobre que seu filho não era uma menina e sim um menino! Conversa com seu pai e ele explica que após o nascimento da criança ele não poderia mudar tantas coisas e tudo seria como já havia acontecido. Assim, ele não pôde evitar o acidente e ela realmente o sofre; para tanto, Tim vai passar uns dias na casa de seus pais e conta o segredo da viajem ao tempo a sua irmã, no intuito de levá-la consigo para que ela mude algumas coisas em sua vida, eles foram para a festa de ano novo... Lá ela evita de conhecer seu namorado. A partir de então algumas coisas mudaram em sua vida.
A parte triste do filme é quando o pai do Tim adoece. Ele tinha câncer... E lhe restavam semanas. Dos muitos ensaios de sua vida, Tim relembra os momentos com seu pai e repete tantas vezes o quanto ele é importante em sua vida. Numa cena de seu casamento, Tim escolhe seu padrinho três vezes, nas duas primeiras eram seus amigos, os quais em seus discursos foram uma comédia falando de tantos defeitos do Tim. Mas sua ultima escolha não poderia ser melhor – fora o seu pai. Até mesmo seu Pai, utilizou o poder, para voltar novamente ao seu discurso e melhorá-lo. Falou com todas as letras que só amou três homens em sua vida, e seu filho era um deles!
Mas infelizmente, seu pai se fora. E os laços com ele foram desligados, pois Tim iria ter seu terceiro filho. Tim não poderia mais vê-lo e viajar no tempo com o seu amado pai. Seu último encontro, seu pai voltou no tempo e eles estavam em uma praia, Tim ainda era criança... Riram, brincaram juntos, e se divertiram como nunca! O afeto entre pai e filho não faltou em nada.
                O filme é realmente um dos melhores para mim! Não há como não se emocionar. Trás em si uma reflexão um tanto verdadeira e que nunca pensamos ou ainda, tentamos e prometemos de vez em quando – viver cada momento como se fosse único. Observar cada instante, cada lugar, dada detalhe! Percebendo a formidável sorte de estar aqui, vivos! “A lição da viajem no tempo era viver cada dia, como se tivéssemos voltado, propositalmente esse dia, para curti-lo como se fosse o último dia inteiro da minha, sua, nossas vidas extraordinária e comum.”
Tudo que podemos fazer é o melhor: aproveitar o passeio maravilhoso que é estar viajando no tempo dia após dia, o tempo presente!  



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