Ela está me ajudando, mamãe. Eu sou o motorista, e ela é quem vê se a pista está livre!” — Nael me explicou com a seriedade de quem comanda uma grande operação. Ele segurava o celular como se fosse um volante, enquanto Naeli, com seus olhinhos brilhantes, se inclinava à frente, como uma verdadeira copiloto.
Fiquei ali, parada na porta da sala, observando a cena. Não importa o brinquedo: carrinhos, casinha, ou até um joguinho simples no celular. Quando estão juntos, o mundo deles vira uma aventura mágica.
Naeli, com sua admiração incondicional, copia cada gesto do irmão. Se ele aponta para a frente, ela aponta também. Se ele muda de direção, ela avisa com um entusiasmo que faria inveja a qualquer GPS. Já Nael, com o coração enorme de um irmão mais velho, a inclui em cada brincadeira, como se entendesse que ela é sua parceira mais fiel.
Eles brigam, é claro — como todo irmão. Mas nessas horas, quando estão brincando, são como duas peças de um quebra-cabeça: diferentes, mas feitas para se encaixar.
E eu, a mãe babona, fico ali, babando mesmo. Porque não há nada mais bonito do que vê-los juntos, dividindo mundos que só eles compreendem. É nesse momento que o barulho da casa vira música, e os brinquedos espalhados parecem troféus de uma infância bem vivida.
No final do dia, quando tudo se acalma, sempre digo a mim mesma: a melhor parte de tudo não são os brinquedos ou as brincadeiras. É o amor. É ver como eles, tão pequenos, já entendem o que significa cuidar e compartilhar. Isso, para mim, vale mais do que qualquer brinquedo ou pista de corrida imaginária.
E, sinceramente? Não há nada no mundo que supere isso.