Quando finalmente o dia começou a desacelerar e as luzes da casa ficaram mais amenas, recebi um presente. Nael, com sua carinha arteira e sorriso tímido, me entregou um pedaço de papel amassado.
“É pra você, mamãe”, disse, antes de sair correndo para se juntar à irmã.
No papel, as letras grandes e tortas formavam duas palavras: “Te amo.” E lá estava a assinatura: Nael. Ao lado, um coração desenhado com o cuidado que só uma criança consegue ter.
Senti o cansaço do dia se dissolver ali mesmo. Um bilhete simples, mas que carregava todo o amor que transbordou daquela casa ao longo do dia. Eles não precisavam dizer mais nada. Nem eu.
As férias estão só começando, e talvez sejam cansativas. Mas, se cada dia terminar com amor tão puro, vale a pena cada segundo.
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