terça-feira, 5 de agosto de 2025

Treinar é preciso, gostar é lucro

Olha, eu confesso: eu era daquelas que só entrava na academia por obrigação médica. Não por estética, não por vaidade, não por endorfina — por COLUNA mesmo. Hérnia de disco, dor lombar, fisioterapeuta no cangote e uma receitinha de “musculação leve” que eu, honestamente, achava que fosse código pra “vá passar vergonha com os pesos de 2kg”.


E eu fui. Meio arrastada, meio indignada. Já na matrícula, disseram: “Vamos te deixar nova!”. Eu só pensei: “Nova? Nova eu era antes de parir dois filhos, antes de carregar mochilas, crianças e o peso da existência!”. Mas fui.


Aí vieram os treinos... e o ódio de cada agachamento. O instrutor todo empolgado: “Bora ativar esse glúteo!”. E eu só queria ativar o botão de sair correndo. Mas não podia — a coluna, lembra? Eu era a mulher do “pela saúde”.


Só que algo mudou.

Aos poucos, descobri o poder de um pré-treino, gente. Aquele pozinho que te deixa elétrica, com vontade de limpar a casa, treinar e fazer TCC tudo na mesma tarde. Descobri o magnésio, que me deu sono. Descobri a melatonina, que me deu sonhos. Descobri que, com a suplementação certa, eu podia virar a versão da Beyoncé de mim mesma, mesmo que só dentro da academia.


Agora? Agora eu gosto do treino.

Não sou marombeira, mas fico chateada se não sinto dor muscular no dia seguinte. É tipo: “Ué, não vai doer o glúteo? Não fiz direito então!”. Já estou naquela fase que olha o próprio bíceps e diz “olha, está surgindo hein?”. E nem ligo se ninguém vê, eu vejo, e isso basta.


Hoje, sou mãe de dois, passei dos 30, e olha... o tempo não é mais meu aliado. Então separei um pedaço dele pra mim. Pro meu corpo. Pro meu humor. Porque, além da coluna, quem agradece é minha sanidade.


E se alguém me perguntar “você treina por quê?”, já aviso:

“Comecei pela dor. Fiquei pelo drama. Continuei pelo prazer de ver minha nova versão — suada, cansada, mas feliz.” 

E que venha o próximo treino.

Com pré-treino, playlist empolgante e, claro, aquela pose no espelho que ninguém precisa ver, mas eu? Eu aplaudo!


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