Essa semana foi intensa. Daquelas que a gente nem sabe por onde começar a contar. Talvez por isso eu tenha escrito pouco — não por falta de vontade, mas porque estava simplesmente vivendo tudo ao mesmo tempo: maternidade, estudo, tarefas, improvisos e momentos dignos de roteiro de comédia (ou de sobrevivência).
Teve dente. Dois, pra ser exata.
Meu filho arrancou um pela manhã ao tentar abrir um canudinho de suquinho com os dentes — e olha que o dente já estava ali, só esperando uma desculpa pra cair. À noite, o segundo se despediu durante o jantar, enquanto ele mordia um pedaço de milho. Porque, claro, se é pra cair, que seja com estilo.
Teve prova também. Uma daquelas que a gente se prepara, estuda, tenta organizar a cabeça no meio do caos, e mesmo assim sai com a sensação de que faltou algo. Me dediquei. Me esforcei. Mas não sei se fui bem.
Entre uma coisa e outra, teve também o desfile diário da minha filha de 3 anos — que agora recusa-se a vestir a farda da escola.
Todos os dias, ela precisa escolher a própria roupa.
Todos os dias, ela é uma princesa.
E, portanto, vestido é item obrigatório.
Negociar com uma criança de três anos que acredita que vai ao castelo e não à escola é um talento que ainda estou desenvolvendo.
E aí, você respira fundo, olha em volta e percebe:
Sim, tá tudo uma bagunça.
Sim, não dei conta de tudo.
Mas estou aqui.
Foi uma semana de entrega, tropeços, risadas e pequenas vitórias escondidas em meio à correria.
E mesmo sem ter tido tempo pra escrever tudo que senti, vivi cada coisa com o coração inteiro.
Porque tem semanas assim: a gente não produz texto, mas escreve capítulos com a vida real.
Cheios de dente, milho, princesas… e força.
E que bom que a gente continua. Mesmo cansada. Mesmo sem glamour. Mas firme.
Porque o mais bonito dessa história toda é isso: a gente não para. A gente segue.
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