Às vezes, a gente se engana bonito.
Acredita que tudo é mais urgente do que a gente mesma.
A louça, o trabalho, o prazo, os filhos, a roupa pra guardar, o almoço, a agenda.
Tudo ganha espaço — menos você.
E aí, quando se dá conta, passaram-se dias… semanas.
E você está ali, se arrastando entre compromissos, tentando se encaixar nos vãos dos outros.
Foi assim comigo.
Já são quase duas semanas sem me exercitar. Sem aquele momento só meu.
Sem a pausa que me conecta ao corpo, ao fôlego, à força que eu sei que mora em mim.
Treinar, pra mim, não é só sobre movimento.
É onde me escuto.
Onde penso com clareza, mesmo suando.
Onde percebo que, mesmo cansada, ainda posso ir além.
É onde me lembro quem eu sou fora de todas as funções que desempenho.
E nesses dias em que faltei a mim, percebi: quando a gente se deixa por último, o mundo parece mais pesado.
Porque ele é mesmo.
Carregar tudo sem se carregar é insustentável.
Então, se você também tem se deixado pra depois, respira. Não é egoísmo se priorizar.
Não é luxo tirar um tempo pra você. É necessidade.
Voltar pra si é o primeiro passo pra continuar.Seu corpo sente falta de você. Sua mente também.
Mesmo que hoje você só consiga cinco minutos… comece.
Você não precisa estar no seu melhor pra recomeçar. Mas precisa recomeçar pra reencontrar o seu melhor.
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